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Faturamento do pequeno varejo cresce 0,8% em janeiro

Crescimento tímido do segmento no primeiro mês do ano "revela a concentração do mercado nas grandes redes", segundo presidente da Fecomercio-SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O faturamento real das micro e pequenas empresas do varejo paulista apresentou variação positiva de 0,8% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2006. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 21, pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), por meio da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV), apurada mensalmente em cerca de 600 estabelecimentos comerciais do Estado. A entidade classificou o movimento de janeiro como "estável". A variação positiva pequena, segundo a Fecomercio-SP, também foi influenciada pela base de comparação anterior elevada, já que, em janeiro de 2006, o faturamento apresentou crescimento expressivo de 10,8% sobre o primeiro mês de 2005. "O desempenho tímido desse segmento em janeiro (de 2007), apesar do volume de crédito em crescimento e da inflação sob controle, revela a concentração do mercado nas grandes redes", acrescentou, em comunicado à imprensa, o presidente da entidade, Abram Szajman. A PCPV mostrou que o resultado obtido pelo pequeno varejo no primeiro mês do ano foi sustentado pelo desempenho positivo de dois setores: móveis e decorações (9,8%), por conta do elevado volume de crédito disponível; e vestuário, tecidos e calçados (14,5%), em virtude das promoções do início de 2007. Segundo a Fecomercio-SP, estes dois segmentos mostraram vigor ao longo de 2006 e, aparentemente, mantêm o fôlego de crescimento. No lado negativo, o pior resultado ficou com lojas de materiais de construção, em que o faturamento caiu 12% sobre janeiro de 2006. De acordo com a entidade paulista, este comportamento resultou do fato de que a maior parte das linhas de crédito está direcionada para grandes obras, e não à chamada "construção formiguinha", de pequenos reparos e reformas. Em janeiro de 2007, também apresentaram diminuição no faturamento os segmentos de alimentos e bebidas (-9,9%), que atende diretamente consumidores de faixas salariais menores; e de farmácias e perfumarias (-6,4%), com a manutenção do movimento de 2006, ligado à concorrência com as grandes redes. Ainda com redução, ficaram as lojas de autopeças e acessórios (-4,9%), que sofreram impacto da entrada de peças importadas da China no mercado; e as lojas de eletroeletrônicos (-4,3%), também em concorrência acirrada com grandes redes do setor e ainda influenciadas pela valorização do real sobre o dólar.

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