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Faturamento do Pequeno Varejo cresce 7,1% em maio

Além do Dias Mães, um fator positivo para o desempenho foi o pequeno impacto do "aperto" monetário internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

O faturamento real das micro e pequenas empresas do varejo paulista cresceu 7,1% em maio, na comparação com o mesmo período de 2005, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), por meio da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV). Nos primeiros cinco meses de 2006, houve aumento de 7,6% ante o mesmo período do ano passado. A Fecomercio-SP destacou que o movimento de maio marcou o retorno do crescimento aos níveis do final do primeiro trimestre. Em abril, a PCPV havia constatado desaceleração no ritmo de alta para uma variação de 5,3% no faturamento real das micro e pequenas empresas. Segundo o presidente da entidade, Abram Szajman, além do Dias Mães, considerada a segunda principal data para o varejo, um fator positivo para o desempenho foi o impacto, menor que o esperado, do "aperto" monetário internacional promovido pelo Banco Central dos Estados Unidos, por meio das constantes elevações da taxa de juros daquele país. "Como houve evidente austeridade na condução da política monetária no Brasil, a elevação das taxas internacionais não provocou elevação do risco país e o mercado de crédito permaneceu relativamente aquecido", analisou, em comunicado à imprensa. A Fecomercio-SP ressaltou, no entanto, que o bom comportamento verificado em maio "não foi homogêneo" e pode ser dividido em grupos, como Alimentos e Bebidas (15,1%) e Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (11,6%). O primeiro segmento foi influenciado pelo aumento da renda real média, principalmente nas camadas mais pobres da população, enquanto o segundo foi beneficiado pelas mudanças das estações climáticas, que seguem bem definidas, o que estimula o consumidor a comprar novas coleções. Outros segmentos positivos foram o de Lojas de Móveis e Decorações (8,8%) e o de Lojas de Eletroeletrônicos (2%), que mantiveram os mesmos níveis de 2005, segundo informou a entidade. Amargam performance negativa no faturamento real os seguintes grupos: Lojas de Material de Construção (14,5%); Lojas de Autopeças e Acessórios (13,5%); e Farmácias e Perfumarias (13,3%). No acumulado de janeiro a maio em relação aos cinco primeiros meses de 2005, apuraram crescimento no faturamento real: Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (17,4%); Alimentos e Bebidas (13,5%); e Lojas de Móveis e Decorações (1,5%). Em contrapartida, no mesmo período, apresentaram retração nas vendas reais as Lojas de Autopeças e Acessórios (15,4%); Farmácias e Perfumarias (14,1%); Lojas de Materiais de Construção (12,4%) e Lojas de Eletroeletrônicos (2%). A PCPV é apurada mensalmente pela Fecomercio-SP desde 2004, com dados que são coletados junto a cerca de 600 estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo.

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