PUBLICIDADE

Faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresce 35,6%

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) informou hoje que o faturamento nominal do setor alcançou R$ 12,852 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 35,6% acima do obtido em 2004, ao mesmo tempo em que o número de funcionários cresceu 9,8% (18.796 novas vagas) na comparação entre março de 2004 e março passado, fechando o período com um contingente de 211.028 empregados. As exportações subiram 44,7%, para US$ 1,977 bilhão (FOB), e as importações avançaram 25,8%, para US$ 1,884 bilhões (FOB). Se considerado especificamente o segmento de máquinas-ferramenta, o faturamento nominal cresceu 19,3%, atingindo R$ 490 milhões. As exportações tiveram aumento de 177,6%, para US$ 65,42 milhões (FOB), e as importações aumentaram 21%, totalizando US$ 120,68 milhões (FOB). O forte aumento das vendas externas deve-se, em grande parte, ao fato de empresas brasileiras terem fornecido equipamentos para uma nova unidade da fabricante de automóveis Peugeot na República Eslovaca. Apesar do crescimento, preocupação Apesar de ter encerrado o primeiro trimestre deste ano com um crescimento de mais de 35% em seu faturamento, a indústria de máquinas e equipamentos manifestou preocupação com o andamento da economia brasileira, em especial com questões como a queda do dólar e a alta da taxa de juros. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, a economia ainda apresenta alguns sinais de fragilidade e vem gerando uma desconfiança no setor quanto à sua capacidade de continuar crescendo nesse mesmo ritmo a partir do segundo semestre. "Os números estão em um ciclo de alta, mas estamos preocupados com a performance da indústria para o segundo semestre", afirmou Mello, lembrando que alguns segmentos já começaram a demitir. Segundo ele, a alta constante da taxa de juros é atualmente o maior indicador de fragilidade da política econômica adotada pelo governo Lula.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.