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Fazenda de SP cita peso da crise externa sobre leilão

Por ARIOSTO TEIXEIRA
Atualização:

Em nota, a Secretaria de Fazenda de São Paulo apontou três fatores responsáveis pelo cancelamento, hoje, do leilão de Privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que estava previsto para amanhã. Conforme a nota divulgada pela assessoria de comunicação, o primeiro fator que inviabilizou a participação de potenciais interessados no leilão foi a conjuntura internacional ruim. Conforme a nota, a conjuntura "atingiu particularmente as instituições financeiras, dificultando a obtenção de financiamento pelas empresas que pretendiam participar do leilão". O segundo ponto de desestímulo apontado na nota foi o valor a ser pago pela Cesp de R$ 23,3 bilhões. Além do preço mínimo de R$ 6,6 bilhões, o comprador da Cesp também teria de assumir uma dívida líquida de R$ 5,9 bilhões da empresa e realizar oferta pública de aquisição das ações de minoritários na Bolsa. O valor total da Cesp, incluindo a dívida, superaria R$ 20 bilhões. O terceiro fator foi o risco de não renovação das concessões das usinas de Ilha Solteira e Jupiá. A nota informa que o plano do governo de São Paulo era aplicar o dinheiro obtido no leilão em investimentos no metrô, na Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), em estradas e saneamento. Segundo a nota, o Estado de São Paulo possui outras alternativas para alavancar os recursos necessários para a ampliação da infra-estrutura paulista. De acordo com a nota, o governo do Estado estabeleceu um preço mínimo que valorizava o ativo da Cesp e não aceitou reduzi-lo para atender os interessados no leilão. A nota diz ainda que o leilão foi cancelado porque as empresas pré-qualificadas não apresentaram garantias financeiras na Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) até as 12 horas de hoje, conforme o previsto no edital.

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