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Fazenda está atenta ao câmbio, diz Nelson Barbosa

O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda afirmou, além disso, que a política de câmbio flutuante é a melhor para o Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira, 13, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que o ministério está atento à questão do câmbio. "Não pensem que o Ministério da Fazenda não está atento e nem se importa com a questão do câmbio", disse Barbosa ao responder a críticas de integrantes do Conselho contra o processo de valorização do real ante o dólar. Durante o encontro, o jornalista Luiz Nassif, que estava como convidado na reunião do Conselho, relatou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não mexeu no câmbio em 1996 porque "a maioria achava que estava tudo bem e só alguns chatos reclamavam". "Agora pode estar acontecendo a mesma coisa", completou o jornalista. Em resposta, o secretário-adjunto afirmou: "Tem bastante chato no Ministério da Fazenda". O secretário também enfatizou durante a reunião que a política de câmbio flutuante é a melhor para o Brasil. Na opinião de Barbosa, a taxa de câmbio atinge de forma diferenciada os diversos setores da economia. Para ele, o atual movimento de valorização do real é momentâneo. Ele acredita que a conjuntura internacional, os preços das commodities e a ainda elevada taxa de juros interna têm provocado esta apreciação do câmbio. O secretário disse ainda que a Fazenda não está estudando nenhuma proposta de taxar as exportações de commodities. "Eu vi essa proposta no jornal. Isto nunca passou por nós", afirmou Barbosa. Barbosa disse também que a economia brasileira tem "capacidade para o crescimento", afirmou. Ele afirmou na reunião que o Ministério da Fazenda não tem medo do aumento da demanda. O secretário explicou, ao mesmo tempo, que a elevação da taxa de crescimento da economia poderá gerar, por si só, um ganho de produtividade. Isto ocorrerá, de acordo com ele, com a migração dos trabalhadores que estão hoje na informalidade para o mercado formal.

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