17 de novembro de 2009 | 17h07
Barbosa disse que faz parte da agenda do governo continuar desonerando os investimentos produtivos e aumentar a competitividade via redução de tributos, mas ressaltou que essa política depende de espaço fiscal que agora não existe. Segundo ele, no entanto, com a melhora da economia, os resultados fiscais vão melhorar e o espaço para essas ações será retomado.
De acordo com o secretário, um dos desafios da economia brasileira é a geração de fontes de financiamento de longo prazo, problema mencionado também pelo ex-secretário de Política Econômica Júlio Sério Gomes de Almeida, que participa do mesmo painel que Barbosa sobre política econômica no Encontro Nacional da Indústria (Enai). Barbosa afirmou que o governo, via BNDES, tem ajudado a prover recursos de longo prazo para a economia.
Câmbio
Nelson Barbosa reafirmou o compromisso do governo com o câmbio flutuante, mas disse que o governo tenta conciliar esse regime com uma situação em que não ocorra flutuação excessiva. Ele reconheceu que o câmbio é um elemento que afeta a competitividade da indústria, mas destacou que o governo tem atuado para atenuar os movimentos do real ante o dólar por meio de acumulação de reservas e de medidas pontuais, como a taxação do capital estrangeiro com IOF.
"As duas maiores economias do mundo, EUA e China, estão depreciando suas moedas e, por isso, trabalhamos para conter esse impacto com a acumulação de reservas e eventuais controles localizados sobre o fluxo de capitais", disse Barbosa. O secretário também falou sobre a questão das taxas de juros, que é criticada por empresários, e disse que o juro real no Brasil mudou de patamar para uma faixa entre 5% e 7% e pode cair mais futuramente em um processo natural.
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