PUBLICIDADE

Fazenda nega desconforto com política de juros do BC

Em nome do Ministério, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, questionou as expectativas "colossais" para a taxa básica de juros, Selic, nos próximos 12 meses, se os dados do último relatório do Banco Central apontam que os analistas esperam uma inflação de 4,5%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério da Fazenda negou na manhã desta sexta-feira, em nota, que a política de juros adotada pelo Banco Central estaria causando desconforto ao Ministério. A nota acrescenta que o ministro Antonio Palocci desautoriza membros da equipe a tratar de assuntos fora de sua competência funcional. A manifestação do Ministério veio em função da matéria publicada hoje no Valor Econômico. Em nome do Ministério, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, questionou as expectativas "colossais" para a taxa básica de juros, Selic, nos próximos 12 meses, se os dados do último relatório do Banco Central apontam que os analistas esperam uma inflação de 4,5%. Na reportagem, Levy destacou ainda as contas correntes superavitárias, o cumprimento da meta de superávit primário e o crescimento econômico em 3,5%. "Que diabo de aversão a risco é essa, que leva a expectativa de juros reais de dois dígitos e que o BC não aponta?", disse Levy ao jornal. A nota acrescenta ainda que o ministro Palocci "tem manifestado publicamente, por diversas ocasiões, seu total apoio à política monetária que vem sendo praticada pelo Banco Central do Brasil, que considera apropriada, inclusive a comunicação pública sobre a mesma". O texto destaca que "o secretário Levy esclareceu ao ministro Palocci que não expressou ao citado jornal opiniões sobre política monetária. De qualquer forma, o ministro Palocci desautoriza e desaconselha quaisquer manifestações públicas de membros de sua equipe sobre temas fora da competência funcional dos órgãos que dirigem".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.