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Repórter especial de economia em Brasília

Fazenda prevê queda mais rápida da inflação

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

Ao comentar as projeções de inflação previstas na segunda fase do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2), o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, avaliou que o ministério prevê uma queda mais rápida dos preços do que o mercado. Segundo ele, uma das vantagens do sistema de metas de inflação é poder "olhar" para os próximos 12 meses. Por isso, destacou ele, a previsão de inflação, medida pelo IPCA, no PAC 2 converge para o centro da meta, saindo de 4,9% em 2010 para 4,5% em 2011.A pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central, prevê uma inflação mais elevada, de 5,16% para 2010 e de 4,70% para 2011. Segundo o secretário, o Ministério da Fazenda está prevendo uma inflação menor porque avalia que haverá uma diminuição mais rápida da inflação de alimentos e também porque observa que a economia não está em ritmo acelerado. A pesquisa Focus reúne as projeções de analistas de mercado.Segundo ele, o ritmo de investimento e da produção industrial vão mostrar uma estabilidade do uso da capacidade instalada. Ele lembrou ainda que a previsão de crescimento da economia em 2010, de 5,2%, é menor que a projetada pelo mercado, de 5,51%, segundo a pesquisa Focus. Isso é um fator adicional apontado pelo secretário ao prever uma queda da inflação nos próximos meses.Ele também avaliou como factível a projeção de dívida líquida do setor público, que cairá de 42,9% em 2009 para 28,7% em 2014, segundo as previsões constantes do PAC 2. Segundo Barbosa, essa queda será feita com o controle de gastos, crescimento da economia e a diminuição de taxa de juros implícita sobre a dívida líquida, o que, na prática, mede o custo do endividamento público. A previsão da Fazenda da taxa de juros implícita sobre a dívida em 2010 é de 12,6%. A Fazenda estima que ela cairá para 10% ao final de 2014. Essa taxa de juros, no ano passado, de acordo como Banco Central, ficou em 14,5%.O secretário destacou que o crescimento dos gastos primários vai desacelerar nos próximos anos, o que contribui para que as contas públicas alcancem o chamado déficit nominal zero na virada de 2012 para 2013, segundo previsões contidas no PAC 2.

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