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Fé em solução para a Grécia atiça compras e Bovespa sobe 1,77%

Por Claudia Violante
Atualização:

A expectativa de que o Parlamento grego aprove nesta quarta-feira as medidas de arrocho fiscal do governo de George Papandreou deu incentivo para os investidores tomarem risco ontem. O otimismo foi favorecido pela sinalização de que os bancos alemães estão se aproximando de um consenso sobre como participar do resgate da Grécia. O euro, as ações e as commodities estiveram entre os ativos beneficiados, influenciando duplamente a Bovespa, via mercado externo e papéis de matérias-primas. O principal índice acionário doméstico subiu 1,77% e recuperou os 62 mil pontos, num dia de giro mais gordo (R$ 5,6 bilhões). Mas apesar do avanço das blue chips Vale e Petrobrás, foi a ação do Pão de Açúcar que roubou a cena, com a proposta de fusão da varejista com o Carrefour. Apesar do desentendimento entre os sócios, os papéis do Pão de Açúcar dispararam 12,64%, na maior alta do índice e com o segundo maior giro do pregão. A boa vontade com a Grécia fez o dólar recuar no mercado doméstico, também por causa da antecipação da pressão para o enfraquecimento da Ptax (taxa que liquida os contratos futuros de câmbio) do dia 30 de junho. A moeda norte-americana caiu 1,13%, e foi cotada ontem a R$ 1,5780. Nos juros, além da melhora externa, a expectativa com o Relatório Trimestral de Inflação, hoje, puxou as taxas para cima, com a perspectiva de manutenção da postura cautelosa do Banco Central no documento. A alta das taxas foi reforçada ainda pelos dados de crédito de maio, que, apesar de indicarem desaceleração na média de concessões diárias, ainda vieram fortes. O contrato para janeiro de 2013 subiu para 12,55%, ante 12,50% no ajuste de terça-feira.

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