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Febraban: bancos não retiveram recursos de compulsório

Por Daniel Galvão
Atualização:

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) negou hoje, em nota, que as instituições financeiras estejam segurando o dinheiro de depósitos compulsórios liberados pelo Banco Central (BC). De acordo com a Febraban, os bancos "estão fazendo com que os recursos cheguem" às empresas e aos consumidores. Hoje pela manhã, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, criticou as decisões do governo para dar liquidez ao mercado e disse que elas "ajudam a dar sangue ao vampiro". Aubert Neto disse que, além de segurar os recursos que estão sendo liberados pelo Banco Central, os bancos estariam aumentando absurdamente as suas taxas de juros. Segundo a nota da Febraban, como o custo médio de captação dos bancos junto aos investidores está acima da Selic (taxa básica de juros, atualmente em 13,75%), a aplicação desse dinheiro em títulos públicos, para receber Selic, provocaria, em média, perda líquida e não ganhos aos bancos. A Febraban cita dados do Banco Central para mostrar que os números do crédito prosseguem em evolução. Mesmo diante da turbulência econômica mundial, a soma total alcançou em setembro R$ 1,15 trilhão, com acréscimo de 34% em 12 meses e de 3,5% no mês, segundo a Febraban. Diz ainda o comunicado que o total de crédito no País atingiu o recorde histórico de 39,1% do Produto Interno Bruto (PIB), "indicando a continuidade da expansão dos financiamentos na economia brasileira". O crédito com recursos livres, argumentou a entidade, teve crescimento de 37,1% em 12 meses, com destaque para os empréstimos a empresas - aumento de 48,2% no período - e às operações de leasing - que cresceram 97,7%. Conforme a Febraban, os grandes bancos privados também têm comprado carteiras de crédito, "no empenho de injetar recursos na economia e melhorar as condições de liquidez do sistema". Até hoje, informou a federação, as principais instituições financeiras compraram 53 carteiras de diferentes empresas - cerca de R$ 4,8 bilhões.

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