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Febraban: número maior de clientes garante receita

Por Fabio Graner
Atualização:

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, afirmou hoje que as receitas com prestação de serviços bancários têm se mantido relativamente estáveis nos últimos anos. Em apresentação na comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Barbosa explicou que a receita unitária (por cliente) com serviços bancários na verdade caiu, em termos reais, 8,9%. Por outro lado, a base maior de clientes e o avanço do número de operações compensou essa redução unitária, o que garantiu a relativa estabilidade no valor total da receita com serviços. Barbosa apresentou dados que mostram que, em 2001, as receitas com serviços bancários representavam 35% das receitas totais do sistema financeiro. Porém, esse valor que caiu para 32,1% em 2004 e ficou em 33,5% em junho deste ano. Ele explicou que as receitas com serviços não são apenas as referentes à manutenção de contas, mas também envolvem operações mais sofisticadas, como emissão de títulos e ações. Porém, os gastos mensais das famílias brasileiras com serviços bancários são bastante reduzidos na faixa de rendas mais baixas. Com base em dados do IBGE, ele mostrou que os serviços bancários representam 0,1% dos gastos mensais de famílias com renda entre R$ 400,00 e R$ 600,00 e 0,2% para as famílias com renda entre R$ 600,00 e R$ 1.000,00 - faixa na qual o item despesas bancárias ocupa o 15º lugar na lista dos custos das famílias. O peso maior das tarifas está na faixa entre R$ 4.000,00 e R$ 6.000,00, onde chega a 1% das despesas. Barbosa disse ainda que a concentração bancária no Brasil não está fora do padrão mundial e destacou a solidez do sistema financeiro que, entre outros fatores, permitiu que o Brasil passasse com tranqüilidade pela mais recente turbulência financeira internacional, que atingiu os países desenvolvidos e bancos importantes. Barbosa participa de audiência pública para discutir as tarifas bancárias. Em sua apresentação, ele mostrou também a evolução do crédito nos últimos anos, mas destacou que a relação crédito/PIB no País ainda é baixa, sobretudo porque os financiamentos imobiliários representam apenas 3% do PIB, enquanto que, em alguns países do mundo, essa relação chega até a 70%.

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