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Fecomércio aponta piora da situação financeira do carioca

Por Agencia Estado
Atualização:

A situação financeira do consumidor da Região Metropolitana do Rio de Janeiro apresentou queda em março, de acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio-RJ. No período, as despesas de alimentação, higiene e limpeza aumentaram, conforme 56,98% dos pesquisados, porcentual que se manteve estável em relação a fevereiro (56,81%). Já a quantidade de produtos comprada caiu, conforme 30,10% da amostra (eram 27,86% no mês anterior) e se manteve a mesma para 51,10% dos entrevistados (contra 52,60% de fevereiro). Além disso, aumentou o porcentual de entrevistados que informou que ia fechar o mês de março com falta de dinheiro para pagar suas despesas, de 26,06% para 29,08%. E também o total de pessoas que está inadimplente em relação ao pagamento de seus financiamentos: de 16,93% para 19,38%. Todos esses resultados estão no Perfil Econômico do Consumidor, que entrevistou 3.163 moradores dessa região entre 12 e 17 de março. O diretor do Instituto Fecomercio-RJ, Luiz Roberto Cunha, disse que "como o nosso Índice de Expectativa do Consumidor já tinha antecipado, a situação das famílias cariocas está piorando. A falta de recomposição da renda está levando as pessoas a comprarem menos e, em alguns casos, chegarem ao fim do mês com menos dinheiro. Já a pequena alta na inadimplência em financiamentos pode refletir um excesso de gastos no feriado de carnaval". A pesquisa mostrou que o porcentual de consumidores que gastaram mais com o pagamento de contas fixas (luz, gás, telefone, escola, aluguel, plano de saúde e tudo que é pago todo mês) foi de 56,35% em março. Em fevereiro, esse porcentual era de 62,52%. Em compensação, subiu o total de consumidores que gastaram a mesma quantia para pagar suas contas (de 25,49% para 31,68%). Inadimplência A inadimplência em contas fixas atingiu 24,12% das famílias em março, o que representa pequeno aumento em relação aos 23,54% de fevereiro. As famílias com renda mensal de até dois salários mínimos foram as que mais declararam ter contas em atraso (35,32%), seguidas pelas famílias com renda entre dois e três mínimos (32,77%). As contas de telefone fixo, luz e água foram as principais em atraso para quase todas as faixas de renda familiar analisadas. Apenas na faixa com renda acima de 20 salários mínimos mensais a inadimplência foi liderada pelas taxas de condomínio e mensalidades escolares. Diz ainda a pesquisa que em março, 37,42% dos entrevistados tinham financiamentos, porcentual praticamente igual ao de fevereiro: 37,51%. Dos consumidores que estavam pagando algum financiamento, 18,16% adquiriram Artigo Eletrônico, 16,36% pagavam empréstimo para colocar outras contas em dia ou quitar empréstimo feito anteriormente e 16,03% tinham financiado Veículo.

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