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Fecomercio aponta que inadimplência aumenta em abril em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de consumidores com dívidas em atraso na região metropolitana de São Paulo cresceu para 45,9% em abril, ante 42,34% no mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Em fevereiro, quando a pesquisa foi feita pela primeira vez, o percentual de pessoas inadimplentes era de 39,1%. "Esta situação já era esperada. A combinação entre o elevado grau de endividamento, a restrição orçamentária e a expansão não muito criteriosa do crédito resulta no agravamento do quadro de inadimplência", disse o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. Na contramão desta informação, o Serasa divulgou ontem que, de janeiro a março, houve crescimento recorde do número de pessoas que deixaram de ser inadimplentes. O porcentual de consumidores que passou para a lista de adimplentes cresceu 5% no período em relação a 2003. Ainda de acordo com a Fecomércio, um ponto desfavorável à recuperação do consumo, verificado pela PEIC, é que 30,6% das pessoas que possuem dívidas na região metropolitana de São Paulo afirmam não ter condições de quitá-las no curto prazo. Apenas 18,9% responderam ter como pagá-las integralmente, enquanto 46,1% disseram que irão acertá-las em parte. Com o alto grau de comprometimento da renda ? 35,9% das pessoas têm entre 10% e 30% da sua renda comprometida com dívidas, sem considerar as despesas correntes ?, muitos consumidores podem se tornar inadimplentes no médio prazo, avaliaram os economistas da Fecomércio. Os economistas lembram ainda que, no último Dia das Mães, 78% das vendas foram efetuadas com cartão de crédito, comprometendo ainda mais a renda do consumidor. Endividamento continua alto O nível de endividamento também continua alto e não mostrou alteração significativa na pesquisa da Fecomércio. Em março, 68,50% dos consumidores disseram ter algum tipo de dívida (como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel, prestação de carros e de seguros), enquanto em abril esse porcentual caiu para 67,5%. Na comparação com igual mês de 2003, a maior parte dos entrevistados pela pesquisa (37,4%) diz ter o mesmo nível de endividamento em abril deste ano, enquanto 35,2% afirmaram sentir-se menos endividados. Já 26% dos consumidores ressaltaram ter mais dívidas em abril passado do que em 2003.

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