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Fed anuncia US$ 800 bilhões para ajudar mercado de crédito

BC norte-americano vai comprar dívidas relacionadas a hipotecas e ajudar o crédito aos consumidores

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

O Federal Reserve, em mais uma forte intervenção no sistema financeiro, anunciou nesta terça-feira, 25, um programa de US$ 600 bilhões para comprar dívidas relacionadas a hipotecas e ativos e US$ 200 bilhões para ajudar o crédito aos consumidores.   Veja também: Bovespa inverte tendência e sobe após anúncio do Fed PIB dos EUA encolhe 0,5% no 3º trimestre De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise    Dentro da Linha de Empréstimos de Títulos Lastreados em Ativos a Termo (Talf, na sigla em inglês), o Fed irá estender até US$ 200 bilhões em empréstimos non-recourse para os detentores de títulos lastreados em ativos que têm como colateral empréstimos a consumidores e pequenas empresas, como empréstimos estudantis, para aquisição de automóveis e empréstimos concedidos via cartão de crédito.   O empréstimo non-recourse implica que, em caso de default, o credor pode confiscar o colateral, mas não pode ir atrás do tomador do empréstimo para buscar compensação adicional, mesmo que o colateral não cubra a quantia total do calote.   O Departamento do Tesouro dos EUA, por sua vez, irá conceder US$ 20 bilhões em fundos dentro do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp) para apoiar a iniciativa. "O Talf tem o intuito de aumentar a disponibilidade de crédito e apoiar a atividade econômica ao facilitar novas emissões de títulos lastreados em ativos garantidos por empréstimos ao consumidor e a pequenas empresas a spreads de juro mais normais", disse o Fed, em comunicado.   Além disso, o banco central norte-americano vai comprar até US$ 100 bilhões em dívidas emitidas por Fannie Mae, Freddie Mac e pelo Federal Home Loan Banks. O Fed também irá comprar até US$ 500 bilhões em ativos hipotecários garantidos por Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae.   O plano tem como objetivo atingir o centro dos problemas econômicos dos Estados Unidos, o problemático mercado imobiliário. "Esta ação está sendo tomada para reduzir o custo e aumento a disponibilidade de crédito para compra de moradias - o que, por sua vez, deve dar sustentação aos mercados imobiliários e contribuir para a melhora das condições financeiras de modo geral", destacou o Fed em comunicado.

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