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Fed corta o juro em 0,75 ponto, para 2,25%

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Por Redação
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O Federal Reserve reduziu nesta terça-feira a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual como parte do esforço para evitar uma profunda recessão e o colapso financeiro. O corte, significativo, foi menor do que muitos esperavam no mercado financeiro. A ação do Fed coloca a taxa básica de juros em 2,25 por cento, a menor desde fevereiro de 2005, e ocorre dois dias após a última de uma série de medidas emergenciais para enfrentar a crise financeira global. Muitos no mercado esperavam que o Fed cortasse o juro em 1 ponto percentual. O Fed agora acumula 3 pontos percentuais em reduções desde meados de setembro. Desses, 2 pontos foram cortados neste ano. Nos últimos dias, o banco central também anunciou medidas que não eram usadas desde a Grande Depressão para assegurar que as instituições financeiras tenham acesso a fundos com liquidez. O banco central norte-americano não está medindo esforços para prover liquidez aos mercados financeiros e segurar uma economia em queda, que muitos analistas acreditam que já esteja em recessão. O crescimento da inadimplência nas hipotecas se tornou uma ampla crise de crédito, que tem o Bear Stearns --com grande reputação em Wall Street-- como vítima mais proeminente. O Fed, temendo que os mercados se congelassem e colocassem a economia em uma espiral negativa, tem oferecido leilões de liquidez e empréstimos diretos às instituições financeiras. O Fed também ampliou as janelas de liquidez com os bancos para incluir outras firmas de Wall Street. Apesar da série de cortes dos juros e das medidas para aumentar a oferta de dinheiro, a atividade econômica dos Estados Unidos se desacelerou fortemente. Os últimos relatórios têm mostrado queda no emprego, redução da produção industrial e baixa das vendas varejistas. O banco central norte-americano deixou de lado a preocupação com a inflação em meio ao salto dos preços do petróleo, que para alguns é o culpado pela contínua perda de valor do dólar. O governo respondeu à abrupta desaceleração econômica com um pacote de estímulo fiscal, desenhado para colocar dinheiro nas mãos dos consumidores. Os parlamentares também pressionam por medidas que ressuscitariam o mercado imobiliário, dando alívio para os proprietários inadimplentes que enfrentam possíveis execuções hipotecárias. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, reconheceu mais cedo nesta terça-feira que a economia está em declínio. "Não há dúvida de que o povo norte-americano sabe que a economia virou fortemente para baixo", disse à rede NBC. (Reportagem de Mark Felsenthal e David Lawder)

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