18 de setembro de 2013 | 15h38
Os membros do Fomc citaram preocupações de que as condições financeiras se tornaram mais apertadas nos últimos meses e que essas condições podem desacelerar a economia caso se mantenham. O comitê decidiu "esperar mais evidências de que o progresso será sustentado antes de ajustar o ritmo das compras", ressaltando que os estímulos não têm uma trajetória predeterminada.
O Fed deixou claro que ainda não viu a "melhora substancial" no mercado de trabalho que significaria que os estímulos já não são mais necessários. Em relação à taxa de juros, o banco central manteve os "gatilhos", afirmando que os juros permanecerão em níveis excepcionalmente baixos enquanto o desemprego continuar acima de 6,5% e desde que a inflação continue abaixo de 2,5%. No sumário de projeções econômicas dos membros do Fed, a maioria dos integrantes acredita que os juros serão elevados somente em 2015.
Embora os mercados financeiros tenham entrado em pânico quando Bernanke mencionou pela primeira vez a possibilidade de reduzir os estímulos ainda este ano, no fim de maio, nos últimos dias o consenso entre os analistas era de que o banco central reduziria levemente os estímulos, com um corte de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões.
A votação para manter os estímulos e os juros inalterados teve nove votos favoráveis e um contrário, da presidente do Fed de Kansas City, Esther George, que queria reduzir as compras de bônus. Para ela, que foi o voto dissidente nas seis reuniões do Fomc este ano, a acomodação monetária no ritmo atual pode prejudicar a estabilidade financeira. A membro da diretoria do Fed Sarah Bloom Raskin não participou da reunião porque espera a aprovação da sua nomeação para o cargo de vice-secretária do Tesouro. Elizabeth Duke também não participou, pois renunciou ao seu cargo no banco central no fim de agosto. Fonte: Dow Jones Newswires.
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