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Fed mantém juro dos EUA e alerta sobre inflação

Decisão mantém a taxa básica do mesmo nível pela sexta reunião consecutiva

Por Agencia Estado
Atualização:

O Federal Reserve (Banco Central dos EUA) manteve a taxa básica de juro norte-americana em 5,25% nesta quarta-feira, 21, pela sexta reunião consecutiva, e também repetiu o alerta sobre risco de inflação. Arrefeceu, porém, a avaliação sobre as condições econômicas atuais e deixou aberta as opções futuras para a política monetária. A decisão, amplamente esperada, mantém a taxa básica no nível atingido em junho, após 17 reajustes consecutivos de 0,25 ponto percentual cada. Em um comunicado para explicar a decisão, o Fed retirou a referência dos mais recentes anúncios sobre a possibilidade de "apertos" adicionais da política monetária, dizendo simplesmente: "Mais ajustes da política dependerão da evolução das perspectivas." Além disso, o banco central dos EUA concordou com os sinais recentes de que o crescimento da economia segue em ritmo moderado. "Os indicadores recentes foram mistos e o ajuste do setor de moradia prossegue", disse o Fed. "No entanto, a economia parece propensa a continuar a se expandir em ritmo moderado nos próximos trimestres." Preocupação Ainda assim, o Fed informou que não deixou de lado suas preocupações com a inflação. "A preocupação predominante do Fed continua sendo o risco da inflação não desacelerar como esperado", afirmou o BC dos EUA. Como no encontro de janeiro, o banco central disse que o crescimento parece estar "de alguma forma firme". Desde então, no entanto, um salto nas taxas de inadimplência para financiamentos imobiliários em posse de tomadores de crédito menos confiáveis (os chamados subprime) gerou temores de que as principais empresas de serviços financeiros possam começar a ter problemas e que isso poderia dificultar empréstimos para famílias e empresas. Além do setor subprime, há pouco que dê suporte à visão de que os mercados de moradia estejam se estabilizando, conforme o Fed acreditava. Queda Um relatório de três semanas atrás mostrou que as vendas de novas moradias tinham despencado quase 17% em janeiro, a maior queda em 13 anos. Nesta semana, dados mostraram que alvarás para futura construção de moradia caíram em fevereiro. Uma série de vendas de ações nos EUA no fim do mês passado aumentou os temores de que os consumidores, que já se sentem afetados pela estagnação ou queda dos valores da moradia, possam conter os gastos, o que colocaria pressão adicional sobre a economia. Contra os sinais de crescimento mais fraco, houve uma escassa garantia de que a inflação esteja arrefecendo, conforme previsto pelo BC dos EUA. A variação em 12 meses do chamado índice de preços PCE, o preferido dos formuladores de política do Fed, subiu para 2,3% em janeiro na comparação com os 2,2% de dezembro - número acima da zona de conforto entre 1% e 2% estimada por muitas autoridades. Matéria alterada às 17h26 para acréscimo de informações

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