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Fed mantém juro perto de zero e injeta US$ 1 tri no mercado

US$ 300 bi irão para recompra de títulos do Tesouro e o resto à compra de títulos de agências hipotecárias

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Por Redação
Atualização:

O Fed, o banco central americano, anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai injetar mais de US$ 1 trilhão na economia para estimular o mercado de crédito. Deste total, US$ 300 bilhões serão destinados à recompra de títulos do Tesouro americano nos próximos seis meses. Os outros US$ 750 bilhões virão da compra de títulos podres da dívida de agências hipotecárias.O objetivo do Fed é dar recursos a bancos e agências sem liquidez. O Fed ainda manteve inalterada a faixa da taxa de juros dos EUA entre zero e 0,25%, conforme o esperado.  

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O Dow Jones, que vinha caindo desde cedo, passou a subir com o anúncio do Federal Reserve de que vai comprar até US$ 750 bilhões em novos ativos da dívida de agências hipotecárias. Às 15h27, o Dow Jones subia 1,34%. S&P e Nasdaq viraram antes do Fed e subiam, no mesmo horário, respectivamente 2,26% e 2,34%. A Bovespa também acompanhou a melhora do índice Dow Jones e passou a subir, voltando a tocar os 40 mil pontos momentaneamente. Às 15h27, operava na máxima do dia, em alta de 0,92%, aos 39.988,37 pontos.

 

No mercado cambial, o dólar também seguiu a melhora das bolsas e virou. Às 15h25, a moeda norte-americana caía 0,79%, a R$ 2,2670 na BM&F, e 0,70%, a R$ 2,2690 no balcão. O mercado de juros, por sua vez, continuou voltado a questões domésticos nesta véspera de divulgação da ata da última reunião do Copom. Por isso, não reagiu ao anúncio do Fed.

 

Veja a íntegra da nota do Fed:

 

"A informação recebida desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto se reuniu em janeiro indica que a economia continuou a se contrair. A perda de empregos, declínio dos ativos e valor das residências, e condições apertadas do mercado de crédito pesaram sobre o sentimento do consumidor e os gastos. As perspectivas de vendas mais fracas e dificuldades em obter crédito levaram as empresas a reduzirem estoques e o investimento fixo. As exportações dos EUA vêm despencando à medida que um número de grandes parceiros comerciais também entram em recessão. Embora a perspectiva no curto prazo seja fraca, o Comitê antecipa que as ações políticas para estabilizar os mercados financeiros e instituições, junto com estímulos fiscal e monetário, vão contribuir para uma retomada gradual do crescimento econômico sustentado.

 

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"À luz da crescente folga econômica aqui e no exterior, o Comitê espera que a inflação continuará contida. Além disso, o Comitê vê algum risco de que a inflação possa permitir por um tempo abaixo de taxas que melhor fomentem o crescimento econômico e a estabilidade de preços no prazo mais longo.

 

"Nestas circunstâncias, o Federal Reserve vai empregar todos os instrumentos disponíveis para promover a recuperação econômica e preservar a estabilidade de preço. O Comitê vai manter a meta da faixa dos Fed Funds em 0% a 0,15% e antecipa que as condições econômicas provavelmente vão garantir níveis excepcionalmente baixos da taxa dos Fed Funds por um período prolongado.

 

Para proporcionar maior suporte ao empréstimo hipotecário e os mercados de moradia, o Comitê decidiu hoje aumentar mais o tamanho do balanço patrimonial através da compra de um adicional de até US$ 750 bilhões em ativos lastreados em hipotecas de agência, trazendo sua compra total desses ativos para até US$ 1,25 trilhão este ano e aumentar a compra de dívida de agência este ano em até US$ 100 bilhões para um total de até US$ 200 bilhões.

 

Além disso, para ajudar a melhorar as condições nos mercados privados de crédito, o Comitê decidiu comprar até US$ 300 bilhões em Treasuries de longo prazo ao longo dos próximos seis meses. O Federal Reserve lançou o Programa de Crédito a Termo de Ativos Lastreados em Ativos (Talf) para facilitar a extensão de crédito para as famílias e pequenas empresas e antecipa que a faixa de colaterais elegíveis para este programa provavelmente será antecipado para incluir outros ativos financeiros. O Comitê vai continuar a monitorar cuidadosamente o tamanho e composição do balanço patrimonial do Federal Reserve à luz dos desenvolvimentos financeiros e econômicos.

"Votaram pela ação de política monetária no Comitê: Ben Bernanke, presidente; William C. Dudley, vice-presidente; Elizabeth A. Duke; Charles L. Evans; Donald L. Kohn; Jeffrey M. Lacker; Dennis P. Lockhart; Daniel K. Tarullo; Kevin M. Warsh; e Janet L. Yellen."

 

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