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Fed reduz previsão de crescimento e eleva de inflação em ata

Banco Central dos Estados Unidos reduziu a estimativa de crescimento para entre 0,3% a 1,2% em 2008

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

O banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) reduziu nesta quarta-feira a previsão de crescimento econômico em 2008 e alertou para o aumento da inflação e do desemprego, mas também indicou que não deve cortar os juros novamente no curto prazo. "Muitos membros comentaram que provavelmente não será apropriado um afrouxamento na política em resposta a informações que sugerem que a economia está se desacelerando mais ou mesmo se contraindo levemente no curto prazo", afirmou o Fed na ata da reunião de 29 e 30 de abril. Em projeções anexas, o Fed reduziu a estimativa de crescimento para entre 0,3% a 1,2% em 2008, menos do que a faixa de 1,3% a 2% que era estimada há três meses.   Mercado   Depois da divulgação da ata do Fed, o dólar no mercado à vista renovou as máximas, reagindo ao recorde do petróleo em Nova York acima US$ 133 o barril e à piora das Bolsas norte-americanas.   Segundo um operador, cresce a percepção de que os juros norte-americanos podem até vir a subir na reunião de 24 e 25 de junho. Às 15h40, o petróleo em Nova York subia 3,31%, a US$ 133,25, do recorde intraday (durante os negócios) de US$ 133,30 o barril.   Às 15h37, o dólar no mercado à vista estava nas máximas, em alta de 0,42%, a R$ 1,656 na roda da BM&F e de R$ 1,657 no balcão. No mercado de moedas, o dólar perde terreno ante o euro, que se mantém acima de US$ 1,57, cotado a US$ 1,5778 (+0,71%). Em Nova York, às 15h37, o Dow Jones ampliava a queda para 1,62%; o Nasdaq a 1,67%; e o S&P500, -1,31%.   A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também não gostou do conteúdo da ata do Fed e ampliou fortemente a queda. O Ibovespa vem renovando as mínimas e, só não foi além ainda por causa do comportamento das ações da Petrobras, que estão em alta e limitam as perdas.   "A ata mostrou desemprego maior, situação financeira frágil e preocupações com a inflação. É preocupante", comentou um profissional. Há pouco, o Ibovespa registrava queda de 1,86%, aos 72.150,0 pontos, na mínima.

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