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Fed sugere que inflação está no topo das prioridades

Por REGINA CARDEAL E RENATO MARTINS
Atualização:

O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu em reunião hoje não alterar a taxa básica de juros americana, corroborando as expectativas do mercado, mas sugeriu que a preocupação com a inflação continua no topo de suas prioridades. Mesmo assim, com os riscos de crescimento permanecendo, a autoridade monetária não deve elevar as taxas pelo menos até o fim do ano, segundo a agência de notícias Dow Jones. O Fed votou por 10 a 1 para manter a taxa dos Fed Funds em 2% pelo segundo encontro consecutivo. A taxa foi reduzida 3,25 pontos porcentuais entre setembro e abril para limitar o contágio da crise de crédito e moradia nos EUA. A taxa de redesconto, que o Fed cobra nos empréstimos diretos aos bancos, foi mantida em 2,25%. O comunicado divulgado pelo Fed ao fim da reunião afirma os mercados de mão-de-obra se enfraqueceram ainda mais no segundo trimestre e que os mercados financeiros permanecem sob estresse considerável. Para o Fed, "condições apertadas de crédito, a contração em andamento no setor de moradias e a elevação dos preços da energia provavelmente pesarão no crescimento econômico ao longo dos próximos poucos trimestres". "A inflação tem estado alta, alimentada por elevações anteriores dos preços da energia e de outras commodities (matérias-primas), e alguns indicadores de expectativas de inflação têm estado elevados", disse o Fed no comunicado. O BC americano espera "que a inflação se modere mais tarde neste ano e no próximo, mas a perspectiva da inflação continua altamente incerta". "Embora os riscos negativos para o crescimento permaneçam, os riscos de alta da inflação também são motivo de preocupação significativa." A autoridade monetário informou que continuará "a monitorar os acontecimentos econômicos e financeiros e vai agir à medida que seja necessário para promover o crescimento econômico substancial e a estabilidade dos preços".

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