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Feijão é a cultura mais afetada pela seca em São Paulo

Por Agencia Estado
Atualização:

As perdas da agricultura previstas pelo longo período de seca que atingiu várias regiões do Estado de São Paulo, principalmente a região oeste, tendem a ser maiores do as previstas. Uma primeira pequisa realizada pela Federação da Agricultura do Estado (Faesp), concluiu que a cultura mais afetada pela estiagem, foi a do feijão, que em regiões como a de Avaré teve 60% de perdas. Para a soja, a quebra prevista para a safra foi um pouco menor, entre 30% e 40%, em Avaré e Presidente Venceslau, respectivamente. A cultura do milho também apresentou muitos problemas. Em média, estima-se perdas de até 40% em Presidente Venceslau, Avaré e Lins, e 20 % em Cerqueira César, região menos afetada. A cultura do milho apesar de não ser a mais afetada em termos percentuais, é a que gera maiores prejuízos, pois a área cultivada com a cultura é mais significativa, além de que o milho serve de base para fabricação de rações, repercutindo também em outros segmentos do setor. O Presidente da Faesp, Fábio Meirelles, ao se inteirar do levantamento feito pela Companhia nacional de Abastecimento (Conab), que aponta para a maior quebra da safra da história da agricultura brasileira, em razão da seca que assola o Sul e o centro do País , afirmou que "os problemas podem ainda ser mais graves, pois o levantamento divulgado pela Conab considerou apenas os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, sem os números de São Paulo". Fábio Meirelles explicou que pesquisa da entidade aponta também para perdas expressivas no Estado São Paulo, principalmente nas regiões próximas aos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul". Por esta razão, observou, que o próximo levantamento de campo da Conab, no mês abril, possivelmente demonstrará um quadro ainda mais grave na produção brasileira de grãos. O longo período de estiagem no oeste paulista afetou as culturas, principalmente, na fase de maturação, ou seja, enchimento de grãos, resultando, assim, em baixos índices de produtividade e na perda de qualidade da produção, com grande presença de grãos com má formação e ardidos. Os municípios da região Sudoeste paulista, principal pólo produtor de feijão do Estado, amargaram perdas em média de 50%. Itapeva, Itapetininga e Avaré obtiveram em algumas áreas produtividade média entre 17 e 20 sacas por hectare, sendo que a produtividade média do Estado para este período é de 26 sacas. Soja Quanto à produção de soja, na região sudoeste do Estado, ocorreram menores perdas, como 40% da safra em Cândido Mota, 35% em Assis e de 20% a 30% em Itapeva e Itapetininga, respectivamente. Na região norte do Estado, houve uma grande variação no regime de precipitação, pois cada município foi favorecido de maneira diferente com as chuvas. Em Ituverava, por exemplo, não houve prejuízo nenhum com estiagem este ano, contudo, na região de Orlândia, a quebra foi pequena, por volta de 10% a 15%, na cultura da soja. Em Miguelópolis e Barretos essa perda é de até 25%. Outra cultura que também sofreu com a seca foi a do amendoim, que na região de Tupã apresentou perdas estimadas em 10% a 15%. Em Rancharia elas são de 15% a 20%; chegando a até 40% em Presidente Venceslau, informou o estudo da Faesp.

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