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Feijão sobe 9,21% em 30 dias e preço do tomate despenca, aponta Fipe

Leite longa vida ficou 3,41% mais caro; dados analisados são da 3.ª prévia de maio do IPC

Por Maria Regina Silva e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Se o preço do tomate está em queda constante, o do feijão não para de subir. Em 30 dias terminados em 23 de maio, o alimento ficou 9,21% mais caro. Os dados foram calculados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base na terceira prévia do mês do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

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De acordo com Rafael Costa Lima, coordenador do IPC, o feijão é a principal contribuição de alta do índice, com 0,04 ponto porcentual.

"É bom lembrar que o produto vem subindo bastante nos últimos dois anos", diz Costa Lima. "Não dá para saber até quando o aumento vai perdurar, mas na ponta (pesquisas semanais) ainda continua subindo."

Analisando o mesmo intervalo de tempo, o arroz, outro item importante na alimentação do brasileiro, também apresenta alta - embora bem inferior à do feijão -, de 0,32%.

O leite longa vida, 3,41% mais caro, aparece como o segundo item que mais contribuiu com o IPC da terceira quadrissemana, com 0,03 ponto. Em terceiro, está perfume/colônia, com alta de 7,76% (0,02 ponto).

O tomate, vilão da inflação nos dias seguintes à Semana Santa, caiu 18,09% em 30 dias e responde negativamente por 0,07 ponto porcentual no resultado dessa última medição do IPC.

O primeiro item da lista de maiores contribuições negativas, contudo, foi a energia elétrica. Cedeu 2,39%. O segundo foi a carne de frango, com recuo de 7,78% e contribuição negativa de 0,07 ponto porcentual.

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"As principais altas não somam nem 0,09 ponto de contribuição. As quedas estão mais concentradas. É sinal de que não tem nenhuma grande pressão de alta, pelo menos dos produtos de maior peso", disse Costa Lima.

Alta do transporte. Para o especialista, o cenário é bom para a inflação. No entanto, deverá ser "bagunçado" pelo aumento na passagem de ônibus.

Os recuos registrados em energia elétrica, tomate e frango, diz ele, tiveram contribuição negativa de 0,22 ponto porcentual no IPC da terceira medição do mês.O

O reajuste de 6,67% nas tarifas de tarifas de transporte coletivo na capital paulista, a partir de 1.º junho, deve ter impacto de 0,28 ponto porcentual na inflação dos paulistanos. Só a elevação na tarifa de ônibus puxaria o IPC para cima em 0,19 ponto porcentual no final de junho - indica a Fipe.

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