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Feira de bijuterias em SP deve movimentar R$ 10 mi

Por Agencia Estado
Atualização:

Bijuterias, folhados e acessórios, das mais variadas tendências e temas, devem atrair 10 mil visitantes à 21ª edição da Bijóia, que se realiza até domingo em São Paulo. Durante a feira, voltada exclusivamente a lojistas e distribuidores, devem ser fechados R$ 10 milhões em negócios, volume 20% superior ao estimado inicialmente pela organização. ?A transição tranqüila para o novo governo parece ter animado os lojistas?, afirma a organizadora do evento, Vera Masi. De acordo com Vera, o fato de esta ser a última edição da feira em 2002 ? anualmente são sete ao ano: quatro em São Paulo, duas no Rio de Janeiro e uma em Fortaleza ? e a proximidade do Natal também devem alavancar as vendas durante a Bijóia. ?Sem contar os negócios que são fechados a partir do evento, que devem girar em torno de outros R$ 10 milhões?, ressalta o organizadora. ?Com certeza, este Nata será bem melhor que o do ano passado?. Para garantir público nas sete edições anuais do evento, conta Vera, é preciso estimular fabricantes a desenvolverem novas coleções com mais freqüência. Para tanto, a Masi & Associados vai buscar na Europa e nos Estados Unidos, duas vezes ao ano, idéias que inspirem os fabricantes brasileiros. ?Resolvemos contratar uma consultora de moda que vai ao exterior e antecipa todas as novidades para nossos clientes?, explica Vera. Para a coleção primavera-verão, por exemplo, predominaram os temas étnicos e a utilização de pedras, conchas e palha na confecção das peças. Além da consultora, é claro, há que se reservar cerca de R$ 500 mil para publicidade, infra-estrutura e organização do evento. ?A Bijóia tornou-se referência para o setor porque é a única feira voltada para público profissional e não para o varejo?, ressalta. Sobre o setor, poucos números oficiais. A dificuldade em estimar a receita dos fabricantes nacionais de bijuteria, acessórios e folhados, segundo Vera, é motivada pela informalidade de quase metade das empresas. ?Cerca de 40% das empresas contrata mão-de-obra informal e o próprio modelo de negócios dificulta a apuração de um faturamento oficial?, justifica Vera. Ecletismo - Embora um estilo predomine a cada estação, a 21ª edição da Bijóia reforça a tese de que não há mais manifestações ditatoriais de moda. Sobretudo quando o assunto são os acessórios. Entre os 150 expositores desta edição, impera o ecletismo: há desde os tradicionais fabricantes de jóias folhadas (denominação atual para as antigas semi-jóias) a designers de piercing. Uma das expositoras, a Super Body Piercing comercializa mensalmente 30 mil peças para troca ? diferentes daquelas utilizadas por estúdios ? e utilizou a feira para vender seus modelos diretamente a lojistas. Outro destaque da feira fica por conta da coleção de peças licenciada pela Rede Globo e utilizada por personagens da novela ?O Beijo do Vampiro?. Fabricadas pela Degan, fabricante de bijuterias e folhados situada em Limeira, interior de São Paulo, as peças serão apresentadas hoje à noite, durante coquetel fechado aos participantes da feira, pelos atores globais Déborah Secco (a vampira Lara), Gabriel Braga Nunes (Victor) e Kayky (Zeka). ?Fizemos a coleção exclusiva para a novela Esperança e o negócio deu certo. Fomos chamados para O Beijo do Vampiro?, conta uma das sócias da Degan, Mônica Degan Fumagalli. Para fabricar as peças exclusivas, entretanto, a Degan tem de pagar royalties à Globo. ?Mesmo assim, nosso faturamento subiu 20% após essas parcerias?, conta Mônica, acrescentando que o novo projeto da Degan é o desenvolvimento de artigos para personagen s da série também global ?Sandy & Júnior?. A coordenação do projeto cabe à designer Edmara Barbosa, filha do autor da novela Esperança, Benedito Ruy Barbosa. Velho folhado Com novas aplicações, os antigos folhados se mantêm como as vedetes, pelo menos em volume de vendas. ?Devemos vender 400 quilos de mercadoria até domingo?, diz a gerente nacional de vendas da Galle Folhados, Solange Barros. A Galle, uma das principais fabricantes no segmento, comercializa mensalmente de quatro a seis toneladas de produtos, somente no País. ?Também exportamos para 45 países cerca de cinco toneladas por mês?, acrescenta. O mix de produtos exportados, afirma Solange, tem pelo menos 2 mil peças diferentes das 5 mil que compõem o catálogo nacional. E explica: ?Os estrangeiros gostam de peças um pouco mais exageradas, que não passariam nunca pela aprovação dos brasileiros?. Situada em Limeira, município conhecido por reunir centenas de fabricantes de bijuterias e semi-jóias, a Galle também aposta nas vendas para o Natal. ?Os lojistas deixaram as compras para mais tarde?.

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