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Feriado nos EUA reduz volume de negócios

Sem o referencial da Bolsa de Nova York em função do feriado nos EUA, a Bovespa operou timidamente apresentando baixo volume de negócios. Além disso, os investidores estão de olho nas divulgações dos índices de inflação.

Por Agencia Estado
Atualização:

A manhã no mercado financeiro foi marcada pelo baixo volume de negócios em função do feriado Dia do Trabalho nos Estados Unidos. A data marca a volta do período de férias, o que cria nos investidores a perspectiva de aumento do volume de negócios nos próximos dias nos Estados Unidos e, em parte, deve beneficiar também o mercado brasileiro. Apesar do desempenho tímido, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou com pequena alta durante toda a manhã. No início da tarde, abriu com alta de 0,70%. O volume de negócios na primeira parte do leilão foi de R$ 188,94 milhões. O dólar manteve-se estável, sendo negociado a R$ 1,8270 na ponta de venda dos negócios. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 17,075 % ao ano no início da tarde, 17,020% ao ano registrados na sexta-feira. O baixo volume de negócios também é reflexo da cautela adotada pelos investidores. Os analistas afirmam que a expectativa em relação aos rumos da inflação faz com que os investidores não alterem sua estratégia de aplicação, antes que se confirme que a alta dos índices apenas foi temporária. Inflação em pauta no mercado financeiro Amanhã, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgará o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechado de agosto. Analistas esperam um número entre 1,40% e 1,60%. Em julho, o Índice ficou em 1,4% e, no resultado da terceira quadrissemana, estava em 1,8%. O governo tenta tranqüilizar os investidores. No final da manhã, segundo apuração da editora Adriana Chiarini, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, declarou que as metas de inflação estão mantidas - de 6% para esse ano e 4% para 2001, com variação de dois pontos percentuais para cima e para baixo e levando-se em conta o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, os analistas estão preocupados com a alta no preço do petróleo. O barril do óleo tem sido cotado a US$ 30,00 e, na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), marcada para o dia 10 de setembro, não há nenhuma indicação de que a produção do petróleo seja elevada. A pior conseqüência disso, segundo analistas, é uma nova alta do preço dos combustíveis no Brasil, o que poderia ter efeitos negativos nos índices inflacionários.

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