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FGTS aprova mais RS 55 mi para casa popular rural

Por Isabel Sobral
Atualização:

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu hoje ampliar em R$ 55 milhões a parcela de recursos do fundo destinada a subsidiar a construção de habitações populares nas áreas rurais. Será destinado neste ano um total de R$ 194 milhões, em vez dos R$ 139 milhões previstos anteriormente, para famílias da área rural com renda mensal de até R$ 760. A Caixa Econômica Federal vai estudar formas de desburocratizar os empréstimos destinados a esse segmento. A ampliação dos subsídios com dinheiro do FGTS e redução das exigências da Caixa foram reivindicações dos movimentos sociais, principalmente do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST). Nas invasões de terras e de prédios públicos, lideradas pelo MST no mês passado, aumentou a pressão sobre o governo por essas medidas. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, revelou que, há 15 dias, houve uma reunião de ministros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliação dos pedidos e se tomou a decisão de buscar uma solução dentro das regras de aplicação dos recursos do FGTS. "Havia uma pressão não só do MST, mas também de trabalhadores rurais. Isso gera uma tensão que o governo tem de trabalhar para resolver", disse Lupi, ao final da reunião do conselho curador. O subsídio com dinheiro do FGTS complementa empréstimos habitacionais da população mais carente, sem retorno ao patrimônio do fundo. A aplicação na área rural faz parte do orçamento de R$ 1,55 bilhão do FGTS que este ano será destinado ao subsídio de moradia popular para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil. Do total do subsídio, 80% são direcionados para residências populares na área urbana e 20% para a área rural. Dentro dos 20% para área rural, uma parte deve ser dirigida a famílias com renda mensal de até R$ 760 e foi para essa clientela que o conselho autorizou hoje a elevação dos recursos.

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