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FGTS: CEF já creditou em 1,95 milhões de contas

A Caixa Econômica Federal já creditou o expurgo do FGTS em 1,95 milhões de contas, mas ainda não identificou quem já pode sacar.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal já creditou a diferença de correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 1,95 milhão de contas correntes. A maioria dos depósitos em conta corrente, no entanto, ainda não pode ser feito porque a instituição não conseguiu identificar se o trabalhador tem direito ao saque dos recursos ou apenas ao crédito na própria conta vinculada de FGTS, o que já foi feito. Segundo o superintendente Nacional do FGTS, Joaquim Lima, os trabalhadores que já receberam os extratos com a informação de código de saque não identificado devem procurar um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ou uma agência bancária da Caixa munido da carteira de trabalho, termo de rescisão ou qualquer outro documento que identifique a possibilidade de saque. Também serve qualquer prova de que houve saque no passado ou de que o trabalhador se aposentou após o período dos planos econômicos que motivaram o crédito complementar (plano Verão em janeiro de 1989 e plano Collor 1, de abril de 1990). Lima explicou que a Caixa vai mandando as ordens de crédito para os bancos indicados pelos trabalhadores na medida em que vai conseguindo qualificar as contas com direito a saque. Podem sacar a diferença de correção monetária, devida pelo governo por conta dos expurgos praticados no passado, os trabalhadores que foram demitidos do emprego sem justa causa, se aposentaram, têm mais de 70 anos ou quando o trabalhador ou seu dependente for portador de doença grave, como Aids ou câncer. Para evitar que o trabalhador fique sem saber se tem direito ao saque imediato dos recursos ou não, a Caixa já promoveu uma mudança nos próximos estratos que serão emitidos para os trabalhadores que estão encaminhando agora, os termos de adesão. Segundo a Caixa cerca de 300 mil termos de adesão estão chegando por dia à instituição e o número de 17 milhões de trabalhadores que tinham optado pela forma de pagamento proposto pelo governo no início do mês, já saltou para mais de 20 milhões. O superintendente Nacional do FGTS explicou que, ao invés de colocar código não identificado , os próximos extratos conterão uma observação para o trabalhador comparecer a uma agência da Caixa ou posto de atendimento com a lista de documentos exigidos. No posto ou na agência, se o trabalhador tiver direito ao saque, o código da conta será identificado na hora e a ordem de crédito para a conta corrente seguirá à noite para a agência bancária indicada. No caso dos trabalhadores que não indicaram conta corrente para receber e que vão pegar o dinheiro na boca do caixa, a falta de identificação forçará o trabalhador a ir duas vezes a uma agência, coisa que a caixa quer evitar. "O pagamento só será imediato se nós já tivermos comprovado o direito ao saque. Caso contrário o trabalhador terá que ir uma vez para comprovar o código de identificação e cinco dias depois para receber o dinheiro", disse Lima. Ele também explicou que, por preenchimento errado, 1,7 milhão de termos de adesão foram devolvidos aos trabalhadores pelos correios. Para não atrasar o pagamento desse pessoal, a Caixa está orientando a todos nessa situação que compareçam a um posto de atendimento com os documentos e o termo de adesão que foi devolvido. O posto de atendimento ou agência da Caixa tratará de consertar os erros de preenchimento e o crédito ou o direito ao saque será feito como nos demais casos, o mais rapidamente possível.

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