PUBLICIDADE

Publicidade

FGTS: mudança à vista

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça pode beneficiar os portadores do vírus HIV. Trata-se do saque do FGTS para custear o tratamento médico da doença. O Ministério do Trabalho vai propor que essa situação se transforme em lei.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a mãe de um portador do vírus da Aids, que solicitou o dinheiro para custear o tratamento médico do filho. Na opinião do professor de direito do trabalho da Universidade de São Paulo (USP), Estevão Mallet, a decisão deve abrir um precedente importante e pode beneficiar outras pessoas. A Caixa Econômica Federal (CEF) já libera o saque do fundo em casos de tratamento de câncer (neoplasia malígna). Decisão pode se transformar em lei O caminho mais rápido e simples, segundo o advogado, é o mandado de segurança. Outra possibilidade, é apresentar uma ação comum e formular um pedido de antecipação de tutela. É uma espécie de liminar. O juiz deve dar o parecer logo no início do processo permitindo a liberação. Mallet explica que a própria natureza do debate - o tratamento de uma doença grave - requer uma resposta quase imediata da justiça Estêvão Mallet acredita que, se houver bom senso, a CEF deverá reconhecer este direito do cidadão. A inclusão da permissão de saque por parentes do portador do vírus da Aids nas regras atuais pode ser feita por meio de uma Medida Provisória editada pelo Governo. Outra possibilidade é o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço editar um decreto ou ato normativo. O professor da USP acredita que a questão será resolvida logo e lembra que o próprio Ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, disse que vai propor, no próximo dia 28, ao Conselho Curador do FGTS, que transforme essa decisão em lei.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.