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FGV: 95% das empresas planejam alta em investimentos

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

A pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação - Quesitos Especiais realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 74% dos entrevistados avaliam que não enfrentam dificuldades para realizar investimentos. De acordo com o levantamento, 95% dos empresários possuem programas para ampliar a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o maior patamar registrado pelo levantamento desde 1998. Das 845 companhias consultadas, 73% manifestaram que não vão enfrentar dificuldades para atender as encomendas de seus produtos, nível superior aos 69% apurados no estudo anterior, realizado em janeiro e fevereiro deste ano. A pesquisa indicou que o principal motivo que leva as empresas a realizar investimentos é a intenção de aumentar a capacidade de produção, que passou de 47% em abril de 2007 para 56% no mesmo mês deste ano. Em segundo lugar, vem o projeto de elevar a eficiência das suas fábricas. O avanço da demanda interna, motivado em boa parte pelo aumento da renda das camadas C, D e E, fez com que o setor de bens de consumo elevasse as intenções de expandir a capacidade produtiva de 43% para 62% no mesmo período. A pesquisa realizada pela FGV analisou também os fatores que limitam a realização de investimentos. O principal tópico ainda é a carga tributária elevada, que subiu de 49% em 2007 para 50% na edição mais recente do estudo. Na seqüência, os dois fatores que mais chamaram a atenção são o custo do financiamento e limitação de recursos por parte das empresas, que subiram em ambos os casos de 18% para 30% no período. Um quarto elemento é a taxa de retorno inadequada, que caiu de 18% para 16%. As incertezas relativas à demanda interna registraram uma queda expressiva de 32% para 11%, o que é uma conseqüência do aquecimento da economia nacional. As dificuldades relativas à limitação de acesso ao crédito apresentaram um aumento das manifestações dos empresários de 4% para 10%, o que pode ter sido provocado pela mudança da trajetória da política monetária no período.

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