16 de março de 2009 | 14h57
Ele comentou que praticamente todas as commodities (matérias-primas) agrícolas apresentaram queda ou arrefecimento de preços no atacado. É o caso do preço da soja (que passou de alta de 4,77% em fevereiro para queda de 9,37% este mês); café (de 6,73% para -1,53%); trigo (de 5,87% para 7,86%); e milho em grão (de 12,22% para -4,18%). Mas o cenário favorável de preços baixos no setor de alimentação não se limitou às commodities. Quadros observou ainda que, na prática, os preços dos alimentos no atacado têm passado por sucessivas desacelerações de preços, tanto os processados (de 2,50% para 0,41%); como os in natura (de 3,99% para 2,64%). Entre os destaques de quedas de preços não relacionadas ao setor de grãos, estão as de bovinos (de 0,58% para -2,36%); e suínos (de -9,46% para -11,37%).
O economista comentou que esse cenário de preços em baixa no setor de alimentação ajudou muito na desaceleração de preços dos alimentos no varejo (de 0,70% para 0,08%), de fevereiro para março, no âmbito do IGP-10. Isso porque muitos produtos alimentícios junto ao consumidor são derivados de itens agrícolas no atacado. O repasse de preços do atacado para o varejo pôde ser sentido nas quedas de preços de carne bovina (-3,21%); e arroz beneficiado (-1,50%).
Quadros explicou que os produtos alimentícios no atacado, em sua maioria, estão sendo influenciados pelo cenário no mercado internacional. Os preços das commodities agrícolas, que subiram muito no início do ano, agora começam a ajustar sua oferta no mercado internacional, e isso tem reflexo no mercado interno. Além disso, no caso das carnes, o economista lembrou que a crise derrubou o volume de exportações brasileiras de carne, o que aumentou a oferta do item no mercado interno.
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