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FGV aponta que 53,6% das empresas vão investir mais em 2006

O porcentual de companhias que planejam reduzir os investimentos este ano foi de 46,4%

Por Agencia Estado
Atualização:

A maioria do empresariado planeja investir mais em 2006 ante o que foi investido no ano passado. A avaliação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou nesta terça-feira a pesquisa "160º Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação - Quesitos Especiais", recorte especial da sondagem da indústria, referente ao segundo trimestre, e que trata de projeção de investimentos. De acordo com o novo levantamento, 53,6% das empresas pesquisadas planejam elevar os investimentos este ano, ante o que foi investido no ano passado. Ao mesmo tempo, o porcentual de companhias que planejam reduzir os investimentos em 2006 foi de 46,4%. Segundo comunicado da FGV, na análise por categorias de uso, dentro da indústria da transformação, "o segmento com maior ímpeto para investir continua sendo o de bens intermediários, em que o nível de utilização da capacidade instalada vem se mantendo elevado nos últimos anos". No total de empresas de bens intermediárias, 55,6% planejam investir mais em 2006. A FGV informou ainda que "a relação investimento/vendas, obtida com os dados projetados para 2006, atingiu 9,3%, contra 8,1% em 2005". A fundação trata esse indicador como o mais forte para medir o ímpeto de investimentos por categorias de uso. Para o setor de bens de consumo, a relação investimento/vendas cresceu de 4,3% para 5,2%, de 2005 para 2006. No de material de construção, a relação também avançou, de 4,6% para 5,3%, no mesmo período. "As piores perspectivas são exatamente as do setor de bens de capital, no qual a relação investimento/vendas ficou estável em relação ao ano passado, com 3,1%. O resultado parece indicar que as empresas industriais planejam importar parte significativa dos investimentos produtivos programados para este ano", avaliou a fundação, em comunicado. A pesquisa abrange 642 empresas, que foram entrevistadas entre 29 de junho a 31 de julho. Os dados não são comparáveis com as informações apuradas no levantamento anterior, no qual 1.042 empresas foram entrevistadas.

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