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FGV: cenário nos EUA piora índice econômico na AL

Por Jacqueline Farid
Atualização:

A piora no cenário externo, especialmente no que diz respeito à crise imobiliária nos Estados Unidos, foi o principal motivo para a queda no Índice de Clima Econômico (ICE) na América Latina, de 5,9 em julho para 5,6 em outubro, segundo o coordenador do núcleo de pesquisas e análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. Segundo ele, o México é o País de maior peso no índice latino-americano - o critério para definição do peso é a corrente de comércio - e também é a nação mais afetada pelos problemas nos Estados Unidos. Em entrevista, Campelo ressaltou que o índice divulgado hoje mostra um recuo no otimismo na região para os próximos seis meses, mas mantém a avaliação da situação atual. Enquanto o Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, recuou de 5,4 em julho para 4,7 em outubro, o Índice da Situação Atual ficou inalterado, no período, em 6,4. Segundo Campelo, a avaliação realizada em julho ocorreu exatamente antes da crise imobiliária nos EUA e, portanto, o índice daquele mês não refletiu preocupações com o cenário externo. Ele destacou também que a pesquisa mostra que as expectativas na América Latina estão sendo menos afetadas do que no restante do mundo. Segundo ele, a influência dos Estados Unidos na queda dos índices na América Latina e, sobretudo, no resto do mundo, pode ser ilustrada pela queda no Índice de Clima Econômico da América do Norte (EUA e Canadá), de 6,2 em julho para 4,9 em outubro, ou seja, 1,3 ponto. O índice ICE é calculado em parceria entre o instituto alemão Ifo e a FGV. As avaliações são realizadas por 117 especialistas em 16 países latino-americanos.

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