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FGV: cimento subiu 18% em 2007, maior alta em 5 anos

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

O preço do cimento na construção civil subiu 18,24% em 2007, a maior alta desde 2002, quando o preço do item avançou 26,92%. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, que anunciou hoje o Índice Geral de Preço - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro - sendo que o Índice Nacional da Construção Civil - Disponibilidade Interna (INCC-DI) representa 10% do total do IGP-DI. Entretanto, o economista observou que esse produto apresentou, em anos anteriores, patamares de elevação bem expressivos - e que o patamar de aumento de preço verificado em 2007 não é raro. "Em 2001, o preço do cimento subiu 24,14%; em 2000, 14,85%; e, em 1999, 31%", acrescentou. Segundo ele, a movimentação de preços do cimento no ano passado foi a principal causa da aceleração da taxa do INCC-DI de 2006 para 2007 (de 5,04% para 6,15%). Combustíveis Os preços dos combustíveis e lubrificantes para produção no atacado subiram 9,89% em 2007, quase quatro vezes acima da elevação registrada em 2006 (2,70%). Segundo Braz, esse setor foi fortemente influenciado pela disparada nos preços dos óleos combustíveis, que subiram 33,27% no ano passado - sendo que, em 2006, o preço desse item encerrou aquele ano com queda de 3,38%. O economista lembrou que, no ano passado, a cotação do barril de petróleo ficou acima do US$ 90 o barril. Isso teve forte impacto na movimentação de preços do óleo combustível, cuja flutuação de preços é estreitamente ligada ao petróleo no mercado internacional. Na parte de combustíveis para consumo no atacado, a trajetória de preços dos combustíveis foi contrária. A gasolina encerrou o ano passado com queda de 2,48%, em comparação com a alta de 1,48% em 2006. Isso porque esse combustível conta com álcool em sua formação - produto este que também encerrou o ano passado em queda. O preço do álcool etílico hidratado caiu 3,11% em 2007, ante deflação de 1,69% em 2006.

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