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FGV espera que IGP-M fique estável em novembro

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

A deflação de 0,16% registrada na segunda prévia de novembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) não deve se repetir no indicador fechado deste mês. O ritmo de queda nos preços no atacado começa a perder fôlego, o que faria a taxa se aproximar da estabilidade até o fim de novembro, segundo o coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros."As matérias-primas começam a sair da deflação, um sinal de que essa queda no IPA (Índice de Preços por Atacado) é temporária, vai durar mais um ou dois meses no máximo e depois termina. Ainda tem deflação, mas ela está acabando. As quedas não estão mais tão grandes, o milho já está subindo, e a soja está caindo menos", avaliou Quadros.As matérias-primas brutas passaram de um recuo de 1,12% na segunda prévia do IGP-M de outubro para uma queda de 0,58% na segunda prévia de novembro. Mas os preços das matérias-primas agropecuárias já estão próximos da estabilidade, com redução de 0,05% na segunda prévia de novembro, após terem caído 0,25% na mesma prévia de outubro. "As taxas ainda estão negativas, mas rapidamente se aproximando do território positivo", alertou o economista do Ibre.No mesmo período, o milho em grão saiu de uma queda de 3,91% para uma alta de 3,07%. Já a soja em grão reduziu a queda de -5,56% para -3,08%. "Até o final de novembro ou início de dezembro, o IGP-M deve estar de volta ao positivo. Não significa que vai ter pressão sobre a inflação. É só o fim de uma situação transitória causada pelo choque agrícola", observou Quadros, que espera para as próximas leituras uma fase de acomodação no indicador.O destaque na deflação na segunda prévia do IGP-M de novembro foi a redução de 1,09% nos preços dos alimentos processados. "Já é a queda das matérias-primas que chega tanto na indústria quanto no varejo", apontou o economista.

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