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FGV estuda criar novos índices de inflação por renda

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) pretende criar novos índices que medirão a inflação do varejo em camadas específicas de rendimento. A informação é do vice-diretor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Vagner Ardeo. Ele fez o comentário durante o lançamento, hoje, do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos (R$ 415 a R$ 1.037). "Ao longo do tempo, pretendemos fazer índices que cubram especificamente grupos por renda familiar", disse. Ou seja: o economista não descarta que a FGV possa criar indicadores que possam medir a inflação no varejo percebida apenas por camadas mais altas de poder aquisitivo, ou de classe média, por exemplo. Quando questionado sobre a semelhança entre o IPC-C1 e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE e que mede a inflação entre famílias de menor renda, Ardeo destacou que o índice da FGV abrange famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos - enquanto o INPC abrange famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos. "Temos, então, uma abrangência para famílias com renda bem pequena mesmo", afirmou. O novo índice de inflação da FGV para baixa renda demandou pesquisas nos últimos dois anos para ser criado. A série histórica do IPC-C1 se inicia em 2004, visto que o novo indicador leva em conta as ponderações e estrutura da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) mais recente - que é referente ao período de 2002-2003.

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