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FGV: inflação da 3ª idade deve seguir em desaceleração

Por Jacqueline Farid
Atualização:

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) deverá prosseguir em trajetória de desaceleração no quarto trimestre, por causa da diminuição da pressão dos alimentos, segundo adiantou o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele argumentou que alguns produtos que pressionaram o índice no terceiro trimestre, como arroz, laticínios e óleo de soja, já começam a perder força de reajustes. Ele acredita apenas em "alguma pressão" dos alimentos in natura. A FGV divulgou hoje uma variação de 1,03% no IPC-3i do terceiro trimestre, ante 1,18% no segundo trimestre. O grupo alimentação, com alta de 2,44%, contribuiu sozinho com 71% (ou 0,73 ponto porcentual) do IPC-3i do terceiro tri. No ano, até setembro, o índice acumulou alta de 3,83% e em 12 meses, de 4,72%. A expectativa de Braz é que o IPC-3i acumulado em 2007 fique abaixo de 5%. No terceiro trimestre, os laticínios, de forte peso no orçamento dos idosos, registrou alta de 14,31%, ante 13,88% no terceiro trimestre. No ano, esse grupo de produtos já acumula reajustes de 31,36%. Outra pressão forte foi dada pelo arroz com feijão, dupla que registrou aumento de 8,36% nos preços, ante 1,37% no segundo trimestre. Todos esses produtos têm maior peso no IPC-3i do que no IPC-BR (IPC Brasil, que mede a inflação geral, e não de acordo com a faixa etária). O grupo alimentação acelerou a alta de 0,99% no segundo trimestre para 2,44% no terceiro trimestre. Por outro lado, o grupo Habitação, que também tem peso significativo na inflação dos idosos porque eles permanecem em casa por mais tempo e gastam mais com energia elétrica, água e telefone, mostrou desaceleração do segundo trimestre (1,49%) para o terceiro trimestre (0,41%). Isso ocorreu especialmente por causa do recuo nas tarifas de energia elétrica em São Paulo, que levou as tarifas de energia a uma queda de 4,08% no terceiro trimestre.

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