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FGV: inflação dá sinais de desaceleração

Por Adriana Chiarini
Atualização:

"No geral, a inflação dá sinais de ceder", comentou hoje o coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), Salomão Quadros. "O Banco Central avisou que se for preciso sobe juros, mas acho que não é preciso. A inflação não baixa de repente, mas acho que não vai se acelerar", afirmou. Quadros lembra que as pressões sobre os preços "estavam quase que exclusivamente concentradas em alimentos", que agora, no varejo, estão ficando mais baratos. "Se há dúvida se há um espalhamento, deve-se esperar, mas não estou vendo espalhamento", afirmou. O grupo de Alimentação teve deflação de -0,03% no varejo na primeira prévia de fevereiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Quadros entende que é melhor "esperar para ver o quanto a inflação de alimentos vai ceder" e avalia que "os serviços vão subir um pouco mais este ano, mas nada que vá desestabilizar". Ele comenta que os reajustes de serviços escolares e de cursos que fazem parte do grupo Educação, Leitura e Recreação, que normalmente ocorrem no início do ano, "não foram além de repassar a inflação passada". Segundo a avaliação do economista, a queda de preços dos alimentos no varejo não vai se transformar em uma alta, mas não está livre de influências que virão das altas que estão sendo captadas no atacado em alguns itens como feijão em grão (23,08%) e arroz em casca (9,03%). O economista destacou ainda que o álcool combustível, que em geral fica mais caro nesta época do ano, está com os preços em queda. O álcool hidratado no atacado ampliou sua deflação de -0,01% na primeira prévia de janeiro para -2,78% na primeira prévia de fevereiro. No varejo, o álcool combustível passou de uma alta de 4,51% para uma deflação de -0,40%. Aluguel O item que mais puxou para cima o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos grupos que compõem o IGP-M, foi o aluguel residencial, que subiu 0,56% na primeira leitura do mês ante 0,48% na primeira prévia de janeiro, de acordo com informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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