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FGV: IPCs devem ficar entre 0% e -0,5%

O chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sidney Melo Cota, prevê que todos os índices de preços ao consumidor (IPCs) devem ficar entre 0% e -0,5% em setembro.

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sidney Melo Cota, prevê que todos os índices de preços ao consumidor (IPCs), inclusive o IPCA, que é usado para as metas do governo, fiquem entre 0% e -0,5% em setembro. "O IPCA de setembro possivelmente será negativo porque o grupo alimentação fará uma pressão negativa muito forte", disse Cota. De acordo com o economista, as hortaliças e frutas estão em queda de preço bem acelerada e o leite está no fim da entressafra. Cota também afirmou que a FGV está notando uma pequena redução nos preços de combustíveis em alguns postos de gasolina. IPCs entre 6% e 7% neste ano A previsão do economista da FGV é que todos os IPCs terminem o ano entre 6% e 7%. O centro da meta de inflação do governo é de 6% ao ano pelo IPCA, calculado pelo IBGE. Cota prevê que essa meta poderá ser atingida. A única dificuldade que ele vê para isso é o alto preço do petróleo no exterior afetar novamente os preços dos combustíveis no Brasil. "Se o governo der novo aumento de 10% a 15% nos preços dos combustíveis, as metas ficam comprometidas, mas o governo vai fazer tudo para cumprir as metas de inflação". IGPs devem ficar próximos de 8% A previsão do economista Paulo Sidney Melo Cota, da FGV, para os três Índices Gerais de Preços de Mercado (IGPs) - IGP-M, IGP-DI e IGP-10 - é que eles terminem o ano próximos de 8% ou até um pouco mais. O motivo principal é que os preços no atacado têm grande peso nos IGPs e, por sua vez, os combustíveis pesam no atacado, devido ao peso dos transportes, o dobro do que pesam no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Segundo Cota, o IPA de setembro deve ficar em torno de 1%. A previsão dele para o IPG-DI de setembro é de 0,60%. Segundo Cota, o núcleo da inflação em setembro ficará maior que o IPC. Isso porque os produtos agrícolas, que estão tendo grandes quedas de preços, não serão considerados no cálculo do núcleo.

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