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FGV: limão e tomate puxam preços de alimentos

Por Flavio Leonel
Atualização:

As fortes altas apuradas nos preços do limão (178,96%) e do tomate (41,32%), na primeira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 7 de setembro), levaram o grupo Alimentação à alta mais expressiva, de 1,71%, desde a primeira quadrissemana de julho de 2008, quando o grupo apresentou taxa de 1,93%. A informação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Segundo ele, o forte movimento nos preços está ligado basicamente à instabilidade climática que vem marcando o final do inverno de 2009. Hoje, a FGV informou que o IPC-S subiu 0,56% na primeira medição de setembro, ante uma alta de 0,20% registrada no final de agosto. Essa foi a taxa mais alta para o indicador de inflação desde a primeira quadrissemana de maio, quando houve elevação de 0,57%. Entre o fechamento de agosto e o início de setembro, o grupo Alimentação saiu de uma alta de 0,40% para uma variação de 1,71%, o que representou uma aceleração de 1,31 ponto porcentual.Segundo Picchetti, a alta do preço do limão representou, sozinha, 0,33 ponto porcentual de toda a taxa do IPC-S na primeira quadrissemana de setembro. A variação do tomate, por sua vez, respondeu por 0,16 ponto porcentual. "Realmente são esses dois itens que estão trazendo um ruído enorme para a inflação. Estou atribuindo essas altas expressivas a este final de inverno completamente atípico que estamos vendo em termos climáticos", justificou, lembrando que outros segmentos, como o de Laticínios e o de Arroz e Feijão, apresentaram quedas importantes no período, de 4,29% e 2,63%, respectivamente.Se com a tradicional volatilidade dos preços dos alimentos in natura já é difícil o trabalho de elaboração de estimativas, Picchetti praticamente desistiu de tentar projetar um número para o IPC-S em setembro, considerando o cenário atual. Segundo ele, o mais recomendável neste momento é esperar que a alta concentrada em poucos itens seja aliviada no decorrer do mês. "A única certeza que temos é que essa alta não deve se sustentar durante várias semanas", comentou.

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