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FGV: ônibus registra impacto menor no IPC-S em SP

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

O menor impacto do reajuste na tarifa de ônibus levou à perda de força na inflação varejista em São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), da primeira para a segunda quadrissemana de fevereiro (de 1,87% para 1,42%). Segundo informou hoje o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, a maior parte do recente reajuste no ônibus urbano na capital paulista já foi captado em apurações anteriores do índice. Tanto que a taxa de elevação de preços em ônibus urbano em São Paulo desacelerou fortemente (de 14,81% para 9,99%) no período. "A tendência é que continue a perder força, ao longo do mês", afirmou.Mas a desaceleração na taxa de elevação de preços de tarifa de ônibus urbano não foi a única influência a ajudar a conter o avanço do IPC-S em São Paulo. Braz observou que vários impactos de aumentos sazonais, característicos do mês de janeiro, estão perdendo fôlego ao longo de fevereiro. É o caso de aumentos de preços em mensalidades escolares e em alimentos in natura. Estes últimos costumam subir muito de preço no primeiro mês do ano, devido a problemas climáticos que prejudicam a oferta no mercado doméstico. Neste cenário, houve desacelerações de preços em frutas (de 8,88% para 6,60%) e em cursos formais (de 3,91% para 2,10%).Braz não descartou a continuidade deste movimento de desaceleração de preços na inflação varejista em São Paulo, até o fim de fevereiro. "Creio que, no final do mês, o IPC-S na capital paulista deve encerrar abaixo de 1%", afirmou.Além de São Paulo, as cidades que apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços no período foram Belo Horizonte (de 1,16% para 0,94%), Salvador (de 1,09% para 0,92%), Rio de Janeiro (de 0,84% para 0,67%), Brasília (de 0,82% para 0,51%) e Recife (de 0,69% para 0,47%). A única capital a apresentar aceleração de preços foi Porto Alegre, de 0,93% para 0,99%.

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