PUBLICIDADE

Publicidade

FGV prevê IGP-M de julho próximo ao resultado de junho

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de julho deve fechar próximo ao resultado de junho, que ficou em 1,38%, segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o economista Salomão Quadros. Ele explicou que, embora julho seja um período reconhecido de impacto na inflação de tarifas de energia e telefonia fixa, o mês apresenta sinais positivos em setores, como o de alimentação, que podem contrabalançar o peso das tarifas na inflação. Para julho, a FGV estima impacto de 0,18 ponto porcentual no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechado, do reajuste de 7,43% na telefonia fixa; e influência de 0,14 ponto porcentual no IPC de julho, do reajuste das tarifas de energia em São Paulo. "Isso dá um impacto total de 0,32 ponto porcentual no IPC. Neste caso, é difícil que o indicador do varejo feche abaixo de 0,76% (taxa do IPC fechado de junho). Queda dos preços agrícolas Porém, o economista ressaltou um fator positivo de peso: o recente recuo de preços nos itens agrícola e de alimentação no atacado. Isso poderia não só ajudar a diminuir a variação do Índice de Preços por Atacado (IPA) fechado de julho, como pode se refletir no grupo Alimentação no varejo, na avaliação de Quadros. "Nós tivemos uma redução forte dos IGPs como um todo no mês de junho. Agora, creio que estamos em uma fase de estabilização com possibilidade de uma pequena alta. Ainda não é claro se esta desaceleração (nos IGPs) vai continuar, mas não acredito na possibilidade de que se atingir patamar de 1,50% de novo nos IGPs", disse, reconhecendo, porém, que o IPC, isoladamente, está em trajetória de alta. Juros Quadros ainda não acredita que este seja o melhor momento para uma redução na taxa básica de juros, a Selic. "Acredito que o momento agora é de pausa para meditação, a respeito de juros", disse. Para ele, a inflação ainda pode fechar no ano abaixo de 8% - ou seja, próximo ao teto da meta inflacionária, cujo centro é de 5,5%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.