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FGV: situação financeira eleva confiança do consumidor

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

A melhora na avaliação da situação financeira familiar levou o consumidor a classificar positivamente o cenário econômico atual, puxando para cima o Índice da Confiança do Consumidor (ICC) de maio, que subiu 2%. A avaliação é da coordenadora técnica de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Viviane Seda Bittencourt. Ela comentou que a boa avaliação das finanças familiares foi influenciada pela melhora no patamar de emprego, que gerou aumento no número de postos de trabalho. Segundo a técnica, na formação da alta do ICC em maio, foi fundamental a avaliação feita pelos consumidores a respeito da situação econômica atual da cidade em que residem. A parcela de pesquisados que a classificam como boa subiu de 15,5% para 19,0%, de abril para maio. "A melhora na avaliação da situação financeira das famílias, que até então registrava acomodação esse ano, contribuiu muito com o resultado", disse Viviane. Porém, ao se analisar a evolução do patamar de confiança do consumidor no âmbito das faixas de renda, o cenário de melhora não é tão disseminado. A técnica da FGV explica que, entre os consumidores com renda familiar até R$ 2.100, houve queda de 2,6% no ICC em maio. Isso porque os preços dos alimentos continuam a subir, principalmente aqueles que compõem a cesta básica - de grande peso no orçamento das famílias de menor poder aquisitivo. A técnica da FGV informou ainda que, de uma maneira geral, as expectativas do consumidor quanto ao futuro são "cautelosas". Ainda há dúvidas quanto à trajetória futura de temas importantes, como juros e inflação. De acordo com Viviane, a alta de 1,6% no Índice de Expectativas em maio, um dos dois subindicadores componentes do ICC, foi influenciada pelo otimismo do consumidor residente capital paulista. "São Paulo é a cidade de maior peso na formação do índice, entre as sete pesquisadas, e representa quase 50% do total do ICC", disse, explicando que a capital paulista contou com um bom nível de crescimento de emprego e de elevação no número de postos de trabalho. Somente em São Paulo, o Índice de Expectativas subiu 2,5% - a média calculada para as sete capitais foi de 1,6%.

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