PUBLICIDADE

Publicidade

FHC perde liderança para Vicente Fox

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso perdeu a posição de "melhor modelo de liderança" para a América Latina para o presidente do México, Vicente Fox, segundo uma pesquisa realizada com 420 líderes da sociedade civil de seis países da região conduzida pela Universidade de Miami e pelo instituto de pesquisa de opinião Zogby International. Segundo o levantamento, que será divulgado hoje numa conferência em Miami, 31% dos entrevistados apontaram Fox como modelo de líder para a região e 25% escolheram o presidente brasileiro. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, obteve apenas 3%. Numa pesquisa semelhante, realizada há dois anos, Fernando Henrique Cardoso havia sido apontado como melhor líder latino-americano por 60% dos entrevistados. Segundo o jornal The Miami Herald, a maioria dos entrevistados salientou que a crise econômica no Brasil foi um dos motivos para a queda da popularidade de FHC. "Essa pesquisa é um ferramenta útil para aqueles que estão realizando decisões sobre investimentos, pois elas representam as visões daqueles que têm influência sobre a condução política dos países", disse John Zogby, presidente da consultoria. A pesquisa foi realizada em setembro com autoridades, empresários, jornalistas, líderes religiosos, acadêmicos, líderes sindicais e de organizações não governamentais. Foram entrevistadas 101 formadores de opinião no México, 91 do Brasil, 78 da Argentina, e 50 na Colômbia, Venezuela e Chile. O levantamento constatou que 54% dos entrevistados gostariam de ver as economias dos seus países mais integradas com os Estados Unidos. Já 45% afirmaram que preferem que seus países se tornem "mais independentes". Questionados sobre qual o efeito de uma maior integração política entre os países latino-americanos, à exemplo do que ocorre na Europa, 68% afirmaram que isso seria benéfico e apenas 12% disseram que isso seria prejudicial. Dívidas Já 82% dos líderes de opinião latino-americanos consideram "muito importante" que seus países paguem as suas dívidas, enquanto 14% afirmaram que isso é "relativamente importante", Apenas 2% afirmaram que isso "não é importante". Na Argentina, 82% afirmaram que o pagamento da dívida "é muito importante" enquanto no Chile o resultado foi de 58%. Ao serem questionados sobre a influência das corporações norte-americanas em suas economias, 77% dos entrevistados consideraram esse impacto positivo e 19% o consideram negativo. Já sobre a influência norte-americana sobre as suas culturas, 53% dos entrevistados a consideram positiva e 38% afirmaram que ela é negativa. Cerca de 35% dos entrevistados se descreveram como de centro direita, 23% como de centro-esquerda e os demais como de centro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.