14 de janeiro de 2016 | 18h13
Acusada de oferecer dinheiro a concessionárias dos Estados Unidos para registrar veículos não vendidos como vendidos, a Fiat publicou nota nesta quinta-feira, 14, na qual diz que a denúncia não tem "mérito". "A companhia tem confiança na integridade do processo de seus negócios e nos acordos com concessionárias e pretende defender-se da ação com vigor", afirma a montadora italiana no comunicado, publicado em seu site.
A Fiat declarou também que, embora esteja ciente da acusação, ainda não foi notificada oficialmente pela Justiça norte-americana. A denúncia partiu do grupo de concessionárias Napleton Automotive Group, de Chicago. Eles acusam a Fiat de recompensar financeiramente as revendedoras que falsificarem seus relatórios de vendas, para inflar o volume de comercialização da montadora no país. A Fiat tem relatado aumentos mensais de vendas por 69 meses consecutivos.
Financiamento de veículos caiu 16,9% em 2015
A polêmica envolvendo a Fiat surge quatro meses depois de outra grande montadora, a Volkswagen, ter se envolvido em um em escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes nos veículos que produz. A denúncia surgiu em setembro. Inicialmente a empresa negou, mas depois admitiu a fraude em milhões de carros.
Mais cedo, a Renault informou que autoridades de regulação da França fizeram buscas em várias de suas instalações na semana passada em razão de uma investigação sobre emissões de poluentes. A notícia derrubou as ações da companhia na Bolsa de Paris, que chegaram a recuar mais de 9%.
Inspetores da GDCCRF - o órgão francês responsável por concorrência, consumo e combate a fraudes - realizou várias buscas no dia 7 de janeiro na sede da montadora e na fábrica de motores em Lardy, ao sul de Paris, segundo fontes do sindicato local. Segundo o ministro da Economia da França, Emmanuel Macron, a Renault é só mais uma das diversas montadoras investigadas no país. (Com informações da Dow Jones Newswires)
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