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Fiat: setor automotivo crescerá 15% no País em 2008

Por Beth Moreira
Atualização:

O presidente da Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, espera um crescimento de 15% para o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves em 2008, mas admite que há espaço para uma alta de até 20%. O cenário leva em conta a manutenção das condições macroeconômicas. "Existe espaço para crescer. Basta ter crédito", afirmou, acrescentando que a grande alavanca do mercado brasileiro é justamente o aumento da oferta de financiamentos. Ao fazer as previsões, o executivo lembrou que ninguém esperava um crescimento de 28% em 2007. Na avaliação de Belini, não há risco de uma crise parecida com a que aconteceu no âmbito imobiliário nos Estados Unidos. Segundo ele, os bancos brasileiros estão preparados para fazer uma adequada análise de crédito e destacou que as instituições são conservadoras. "Não acredito que haja risco. Além disso, a legislação brasileira é moderna e permite a retomada do bem em caso de inadimplência", afirmou. O presidente da Fiat lembrou que em 2004 apenas 33% das vendas de automóveis eram feitas à prazo e hoje esse parcela já é de 67%. Belini lembrou ainda que, em 2004, 70% das operações de financiamento tinham prazo de até 36 meses, contra 50% neste ano. Entre os fatores que podem impedir o crescimento do mercado brasileiro, para Belini, estão a redução da atividade econômica na China, possíveis reflexos da crise imobiliária dos Estados Unidos, restrições ao crédito no Brasil ou ainda a volta da inflação no País. O executivo citou também o aumento da concorrência de outros países como a China ou mesmo a Venezuela, que segundo ele vêm elevando fortemente as vendas de carros para o Brasil.

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