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Fiesp aponta excesso de conservadorismo em decisão do Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, divulgou nota há pouco em que classifica de "excesso de conservadorismo" a postura do Banco Central (BC) de manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, inalterada em 26,5% ao ano. "O BC está impondo, mais uma vez, custo desnecessário à produção e ao mercado de trabalho. Juros elevados e crédito escasso e caro empobrecem o País, comprometendo a produção num horizonte que já inclui os primeiros meses de 2004. Não se justifica esse excesso de conservadorismo", afirmou na nota. Segundo ele, a desinflação e a reversão das expectativas das taxas futuras são evidentes, mostradas inclusive pelo baixo patamar da inflação de bens não-comercializáveis (non-tradables). Para Piva, a manutenção dos juros nominais em um contexto de queda de inflação intensifica a desinflação e as chances de o índice do ano que vem ficar dentro da meta. "A nosso ver, a credibilidade do Banco Central não deve ser associada exclusivamente ao cumprimento da meta de inflação do ano-calendário de 2003. Aliás, entendemos que, com o passar dos meses, os esforços devem se concentrar cada vez mais na meta estabelecida para o ano de 2004", disse. "A boa prática de política monetária recomenda que se dê mais valor às perspectivas de inflação futura e menos aos índices passados", finalizou Piva.

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