A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou uma nota nesta quarta-feira, 14, em que atribui a "vândalos que portavam bandeiras do PT e da CUT" a liderança dos ataques feitos na noite de ontem à sede da entidade, na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato foi contra a PEC do teto dos gastos da União, aprovada em segundo turno no Senado nesta terça-feira. O PT e a Central Única dos Trabalhadores rebateram a acusação afirmando que não são responsáveis pela invasão.
Na nota, a Fiesp afirmou que "aos gritos de 'Fora Temer', os vândalos dispararam dezenas de pedras e rojões contra o edifício" e lamentou "profundamente o episódio" e "ainda mais que uma minoria violenta ainda acredite que a depredação seja uma maneira razoável de manifestar posições políticas ou ideológicas". A entidade divulgou também um vídeo nas redes sociais para mostrar o interior do prédio após as manifestações.
O PT divulgou nota dizendo que não teve qualquer participação nos eventos atribuídos a militantes do partido na sede da Fiesp em São Paulo. "Mais uma vez os que sempre atacam o PT querem de novo que paguemos o pato."
A CUT repudiou "veementemente a leviandade e a má-fé da Fiesp" na nota divulgada. "Assistimos às imagens exibidas pelas televisões várias vezes. Em nenhuma delas, vimos bandeiras, camisetas ou bonés da CUT. Vimos apenas pessoas vestidas com roupas vermelhas", diz o texto da central sindical.
A CUT afirmou ainda que todos os atos que organiza são pacíficos e organizados, articulados com o comando da Polícia Militar e definidos com trajetos e durações específicos.
Sobre o ataque, a Força Sindical, liderada pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), também divulgou nota afirmando que a invasão deve ser denunciada como "ação de provocadores" que buscam criminalizar os movimentos sociais e manifestações pacíficas.