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Fiesp critica decisão do Copom de manter taxa de juros

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, lamentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em manter a taxa Selic em 18,50% com viés de baixa. Na opinião de Piva, houve "excesso de conservadorismo". "Não há razão neste momento que possa significar pressão inflacionária e que não justificasse uma pequena redução na taxa de juros. ?O mercado internacional quer sinalização clara de que nós temos confiança em nossa economia. E uma redução por menor que fosse estaria criando uma percepção positiva" afirmou Piva. O empresário admitiu que sua expectativa era de uma redução de 0,25%, "de forma pessimista". Ele reiterou que não existem razões que justifiquem o fato de o Brasil estar entre os países com as maiores taxas de juros do mundo. Na opinião do empresário, o governo Fernando Henrique teve a "visão financista" necessária, mas seu sucessor terá que agir de forma diferente. "Qualquer candidato que venha, e não estou discutindo nomes, deve ter uma visão desenvolvimentista", disse Piva, ao deixar a Comissão de Economia da Câmara, da qual participou de audiência pública acompanhado do vice-presidente da Fiesp, Mário Bernardini. Piva terá ainda hoje um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, e com o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Sem surpresas O especialista em contas públicas, Raul Veloso, disse que a decisão do BC está dentro do esperado. "Há perspectivas de que esse período de turbulências seja longo e o Banco Central não quis correr o risco de baixar os juros agora e futuramente ter que subir os juros de novo", afirmou. Sobre se o BC deverá usar o viés de baixa, o economista respondeu que depende dos acontecimentos e citou alguns que provocariam a redução da taxa antes do próximo Copom: "se o Lula se pintar não sei de que cor, se mudarem as pesquisas eleitorais, se jorrar dólar do céu, só que eu estou esperando há muito tempo e não cai nada".

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