Publicidade

Fiesp critica manutenção da taxa de juros

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou hoje a decisão do Copom, de manter a Selic em 18% ao ano e retirar o viés de baixa

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou hoje a decisão do Copom, de manter a Selic em 18% ao ano e retirar o viés de baixa. A entidade avaliou que o Banco Central (BC) deu mais peso ao curto prazo, no qual a indefinição eleitoral sugere conservadorismo da política monetária, do que ao longo prazo, no qual deveria prevalecer uma trajetória descendente dos juros para o incentivo ao consumo e ao aumento da produção. A análise é da diretora do Departamento de Pesqu isas e Estudos Econômicos (Depecon), Clarice Messer, para quem houve "surpresa zero" na decisão. "O que a gente viu é que o curto prazo, de indefinição política e eleitoral, predominou. Essa indefinição, se houver segundo turno, vai até o final dele. A situação já estava ruim para a indústria e vai continuar ruim", afirmou. Ela disse que o momento atual do setor produtivo se assemelha aos vividos durante as mais graves crises. "Vai haver uma pequena melhora no Natal porque sempre há, mas nada que consiga repor as perdas de agosto a outubro", antecipou. Na opinião de Clarice, outro fator que atrapalha muito o empresário industrial é a volatilidade do câmbio. "Com essa indefinição política, a volatilidade vai continuar. Não significa que vai só subir até depois da eleição, mas vai oscilar muito. E isso é ruim, porque é muito fácil errar a mão. Uma decisão que era boa de um dia para o outro pode virar ruim", explicou. O dólar fechou hoje cotado a R$ 3,355, em alta de 3,23% sobre o fechamento de ontem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.