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Fiesp faz pesquisa para avaliar SPB

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) quer saber como as empresas estão se preparando para a entrada em vigor do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), em 22 de abril. Os cerca de 8 mil associados ao sistema Fiesp-Ciesp responderão, a partir do dia 14 deste mês um questionário sobre o SPB. Os resultados e a análise da pesquisa serão divulgados em 11 de março, quando a entidade realizará um seminário, na sua sede em São Paulo, para orientar os empresários. Para Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, a grande maioria dos empresários tem poucas informações sobre o novo sistema. "O segundo semestre de 2001 foi muito turbulento, as empresas estavam preocupadas em revisar os números do ano devido ao racionamento, depois veio o 11 de setembro, a época de fechamento dos balanços e elaboração do orçamento de 2002. Ninguém tinha cabeça para falar do SPB", afirmou. Na opinião de Clarice, "as dificuldades serão muitas". "Mudar o sistema não é coisa que se faz da noite para o dia. Os empresários levarão de 6 a 9 meses para se adaptar", prevê. Por isso a Fiesp trabalhará em duas frentes: esclarecimento dos empresários e verificação dos principais problemas enfrentados quando o SPB estiver em vigor. Para informar os associados, a Fiesp treinou os delegados das 41 regionais e disponibilizou informações no site http://www.fiesp.org.br . Além disso, realizará seminários na sede e regionais. Clarice apontou que as empresas terão, com o SPB, que tomar muito mais cuidado com o fluxo de caixa. "Valores acima de R$ 5 mil serão compensados no mesmo dia, porque as transações serão on-line", lembrou. "Então, haverá dificuldades, por exemplo, para aquelas empresas que fazem pagamentos acima desse valor mas recebem em valores menores, que poderão ser pagos com cheque ou outro instrumento e demorarão de um a quatro dias para serem compensados", explicou. Essa situação é corriqueira com empresas que atuam no varejo. Mas ela acredita que, se as indústrias se prepararem para isso, poderão tirar vantagens ou, pelo menos, eliminar os riscos. "Por isso é preciso um bom nível de informação sobre o Sistema de Pagamentos Brasileiro", disse. Outro problema em potencial para os associados é que grande parte das indústrias paulistas ainda não é informatizada.

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