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Fiesp: indústria está segurando alta maior da inflação

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Por Célia Froufe (Broadcast)
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O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), André Rebelo, afirmou hoje que a indústria está segurando uma disparada maior da inflação brasileira. Ele argumentou que, apesar de o Índice de Preços por Atacado (IPA) industrial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estar próximo de 9% ao mês, sem a contabilização da movimentação de preços de quatro setores influenciados pelo mercado internacional esse indicador cairia para 3%. São eles alimentação e bebidas, petróleo, metalurgia e químicos. "Basicamente, a alta da inflação é lá de fora", argumentou para jornalistas, após fazer palestra no 1º Congresso Paulista de Economia, realizado pelo Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo. Ele ressaltou que o IPA geral subiu 15% em 12 meses e que o segmento agrícola apresentou alta de 33% no mesmo período. "É uma senhora pressão", afirmou. "A indústria está fazendo sua parte", afirmou Rebelo. "Está passando por um choque de custos e não está repassando." A saída da indústria, de acordo com o economista, é a de aumentar a eficiência das empresas e cortar custos. Rebelo disse também que não sabe até quando a pressão externa vai continuar e com que intensidade. "Meirelles (Henrique Meirelles, presidente do Banco Central) também não tem como segurar isso. É uma força do mercado internacional", disse. Para ele, não há culpados quando o assunto é alta de preços. "Trata-se simplesmente de uma força de mercado. É igual à gravidade, não há culpados", comparou.

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